Água e mulher como elementos fundamentais para o fluxo da vida marcam os temas das três exposições lançadas na noite desta quarta-feira (22), no Ecomuseu. A abertura das mostras: Consciência Hídrica – As dimensões da Água", do Centro de Altos Estudos de Conscienciologia (Ceaec); "Mon Sacre Coeur", pintura e bordado; e "Programa Cultivando Água Boa – um novo modelo de ser/sentir/viver/produzir e consumir em busca da sustentabilidade” reuniu autoridades, ativistas culturais, estudantes e amantes das artes.
O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, e o diretor de Coordenação e Meio Ambiente, Nelton Friedrich, participaram da solenidade junto com a artista plástica Beatriz Nocera, autora da mostra "Mon Sacre Coeur", e de Mirian Sanches, coordenadora da Holoteca do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, responsável pela exposição "Consciência Hídrica".
As três exposições são alusivas a duas datas importantes no calendário ocidental, celebradas no mês de março: Dia da Mulher (8) e Dia Mundial da Água (22 de março). A homenagem à mulher é representada nos trabalhos da artista plástica Beatriz Nocera, que mescla pintura e bordado em telas. “As exposições abertas nesta noite congregam dois importantes temas que têm a ver com a vida e com a humanidade: a mulher e a água. Ambas são gestoras da vida e das pessoas”, disse Beatriz.
As outras duas mostras trabalham a conscientização das pessoas sobre a importância da cultura da água para a sobrevivência do planeta e do ser humano. A exposição "Consciência Hídrica – As dimensões da Água" analisa vários temas ligados ao universo da água que influenciam diretamente a vida de todo mundo.
“A questão da água deve ser lidada dentro de um processo participativo que envolva todos os setores da sociedade na gestão dos recursos hídricos. Por isso, essa parceria com Itaipu e o Ecomuseu mostra a importância do trabalho conjunto, principalmente em Foz do Iguaçu, que surge como um complexo laboratório vivo de novas experiências e práticas de cultura da água”, destacou Mirian Sanches, uma das organizadoras da mostra.
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| Nelton Friedrich: "Nosso papel é sensibilizar as pessoas" |
As ações do Programa Cultivando Água Boa na Bacia do Paraná III também ganharam bastante destaque com uma exposição que apresenta os programas e ações, além dos prêmios conquistados pelo programa ambiental nos seis anos de existência. O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, disse que o programa serve de referência a todo o Brasil no manejo e cuidado com o meio ambiente. “Pegamos uma área enorme, com cerca de um milhão de hectares, maior que o território de muitos países, e estamos conseguindo trabalhar a questão da conscientização ambiental, a agricultura orgânica e restaurar a natureza dessa região com uma equipe eficiente e dinâmica, comandada pelo Nelton (Friedrich)”, disse Samek.
Segundo ele, em apenas seis anos de atividades, o Cultivando Água conseguiu atender em torno de 20% de toda a Bacia do Paraná III, levando ações e projetos ambientais em parceria com os municípios da região, com empresas, associações e a comunidade em geral.
O diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, destacou durante a cerimônia o atual momento por que passa a humanidade, de escassez da água. “O ser humano esqueceu da necessidade da cultura da água, de cultuarmos a água,como a figura central da nossa vida, e não simplesmente como uma mercadoria, dentro de uma visão mercantil”, disse.
O diretor avaliou de maneira positiva as ações do Cultivando Água Boa, numa perspectiva prática de ações e projetos realizados na região, mas principalmente no aspecto de conscientização e de mudança de mentalidade da população. “Nosso trabalho é no sentido de sensibilizar as pessoas sobre o meio ambiente, assim como as mostras artísticas apresentadas hoje no Ecomuseu, que conotam o lado sentimental e emocional sobre esse precioso recurso hídrico e o papel da mulher em nossa sociedade, como agentes gestores da vida”, ressaltou.
