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Alvarez aponta necessidade de moeda na América do Sul

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A necessidade da criação de uma moeda única para os países da América Latina como forma de integração comercial, social e política a partir da identificação e enfrentamento dos problemas comuns da região, foi a proposta apresentada pelo representante da República Bolivariana da Venezuela, Bernardo Alvarez, durante o fórum Crise: Desafios e Soluções na América do Sul, nesta quinta-feira (26), em Foz do Iguaçu.

O encontro internacional é uma promoção do Governo do Paraná e reúne economistas, analistas e representantes políticos de países sul-americanos que debatem os efeitos da crise financeira global e as soluções financeiras, econômicas e sociais viáveis para a região.

Segundo Alvarez, que é presidente do Banco Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), é fundamental um processo de desenvolvimento mais comprometido com a luta contra a exclusão social e a pobreza. “Não pode ser só uma integração comercial, tem que haver também integração política e econômica. A integração comercial já existe, as multinacionais a fazem e é nossa função ir um pouco mais adiante”, disse.

“Estamos pensando, inicialmente os países da Alba, mais o Equador, a necessidade de um sistema financeiro regional autônomo. Propomos a criação de uma moeda única para esta área, chamada Sucre, que servirá como uma forma de compensação entre as economias de nossos países”, explicou Alvarez. “Acreditamos que isto poderia ajudar na criação de uma moeda única para a América do Sul. É uma necessidade e algo que não está sendo pleiteado apenas nesta parte do mundo”, afirmou. Segundo Alvarez, uma recente reunião entre países da Ásia Central, em Teerã, uniu os países em torno de uma moeda única como alternativa para aquela região.

Alvarez salientou que a idéia da moeda única para as Américas precisa ser implementada de acordo com as características comuns a todos os países da região. “O Euro pode ser uma referência, mas precisamos ir mais adiante, porque não se trata apenas de uma nova moeda e sim de um processo de desenvolvimento alternativo, mais comprometido com a luta contra a exclusão e que chegue a um esquema de integração social, político e econômico”, lembrou.

Para Alvarez o momento de crise financeira mundial é uma grande oportunidade para a integração dos países do sul e rompimentos com práticas antigas na região. “Não é um momento para ajudar a economia internacional e, particularmente, as instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Temos que pensar que é hora de avançar na criação de instituições próprias e de romper com um esquema de desenvolvimento e integração tímidos, que até só estavam nas mãos das grandes empresas. As empresas podem participar de um novo modelo, mas esta deve ser uma decisão de Estado, sobretudo com a ajuda e o acompanhamento dos movimentos sociais”, afirmou.

ALBA – A Alternativa Bolivariana para as Américas é um grupo formado por Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, criado em 2006, com o objetivo de integrar os países da América Latina e Caribe sobre os ideais de Simon Bolívar, de combate a exclusão e a pobreza na região. Ele é uma alternativa direta à Área de Livre Comércio para as Américas (Alca) e diverge do modelo de integração norte-americano proposto aos países latino americanos, baseado nas relações comerciais.

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