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Comerciantes da Região dos Lagos contabilizam prejuízos após mortandade de peixes

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O incidente na Lagoa de Araruama, na Região do Lagos, no Rio de Janeiro, que matou toneladas de peixes, não afetou apenas a vida dos pescadores. O problema, que surgiu na última semana, se refletiu no turismo e os comerciantes começam a contabilizar os prejuízos. É assim em um dos municípios mais afetados, São Pedro da Aldeia.

Além do mau cheiro, o episódio provocou a proliferação de algas que sujaram o principal ponto turístico da cidade. As águas da lagoa, que estavam cristalinas até o inicío do mês, mudaram de tom para uma cor escura. E o medo de contaminação, já que uma das possíveis causas da mortandade é o despejo de esgoto sem tratamento no ecossistema, inibiu o consumo de peixes e frutos do mar.

João Josué da Silva tem um quiosque há 28 anos na Praia do Sudoeste, uma das menos afetadas pelo mau cheiro e que ainda tem banhistas. Ele conta que após a mortandade, o movimento caiu para 1% do esperado e explica que o acidente afastou os visitantes na segunda quinzena de janeiro.

“Tem mau cheiro, a água está preta, o turista não usa a praia”, disse. “Não estou vendendo nada, nem pastel de camarão de cativeiro querem. É só batata frita, pastel de queijo e de carne. Nem sentir o cheiro do pescado aceitam”.

A administradora de uma das pousadas da cidade relata também desistências. Segundo Rosane de Azevedo, apesar do início das aulas, a casa costuma estar lotada de turistas paulistas e cariocas. Ela teme, agora, que o esvaziamento, que marca o final do mês, se reflita no próximo feriado prolongado. “A procura pela semana do carnaval já caiu cerca de 60%”.

A prefeitura de São Pedro da Aldeia estima que os prejuízos decorrentes da mortandade cheguem a R$ 6 milhões. “Considerando o turismo e a pesca, a Lagoa de Araruama é a nossa principal fonte de recursos”, disse o vice-prefeito, Francisco Marcos Moreira. Na ultima quarta-feira (28), a cidade decretou situação de emegência para garantir indenização a 2 mil pescadores.

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