O secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, confirmou neste sábado (20), em entrevista coletiva, os dois primeiros casos de Influenza A (H1N1) no Paraná. Um deles está em isolamento domiciliar na região de Curitiba e o outro na região de Foz do Iguaçu. Ambos estiveram na Argentina há menos de 10 dias e apresentaram sintomas de gripe. A confirmação foi dada pelo Ministério da Saúde na noite da última sexta-feira (19)
“Como já era esperado, na noite de ontem (19) recebemos a confirmação do primeiro caso de Influenza A (H1N1). Imediatamente ampliamos a busca ativa das pessoas que tiveram contato com esta pessoa, como familiares e pessoas mais próximas, para que também fossem monitorados. Por volta das 23 horas recebemos a confirmação do segundo caso e a mesma providência foi tomada”, afirmou o secretário. Contudo, Martin ressaltou que não há transmissão sustentada do vírus, ou seja, a doença foi contraída dentro do Estado e de maneiras distintas.
Os pacientes infectados estão bem e não manifestaram complicações. Eles estão sendo monitorados pela vigilância dos municípios e deverão permanecer em isolamento domiciliar até que termine o período de transmissibilidade do vírus. Além desses casos, o Paraná ainda tem outros 23 casos suspeitos e nove em monitoramento, segundo o último Boletim Epidemiológico. Um destes casos suspeitos é um paciente que teve contato direto com o caso confirmado de Curitiba. Ela está sob monitoramento, bem como as outras pessoas.
O secretário Gilberto Martin ressaltou que com a confirmação dos casos as ações de vigilância permanecem as mesmas, com informação direta à população, por meio de folders e cartazes, controle de portos e aeroportos e equipes mobilizadas no nível central e nas 22 Regionais de Saúde. O envolvimento das autoridades na vigilância é um dos pontos estratégicos no combate à doença. “Reforçamos que as pessoas que tem epidemiologia positiva, isto é, que chegaram do exterior há menos de 10 dias e apresentam sinais de gripe, que procurem imediatamente o serviço de saúde”, complementou.
O secretário ressaltou que as entidades representativas dos profissionais de medicina e enfermagem participam do Comitê Intersetorial para Enfrentamento da Influenza A, e que já se comprometeram em intensificar as informações direcionadas aos profissionais, visto que são eles que realizam o primeiro atendimento aos pacientes com suspeita da nova gripe. “Os profissionais de saúde estão orientados a comunicar às vigilâncias municipal e estadual de qualquer paciente com suspeita de Influenza A (H1N1). O profissional também deve orientar o paciente dos riscos da transmissão, sugerindo que ele permaneça em isolamento domiciliar ou hospitalar até que o caso seja confirmado ou descartado”, completou.
