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Educadores de Foz do Iguaçu e região defendem a continuidade da greve

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Educadores de Foz do Iguaçu e região aprovaram a proposta de continuidade da greve dos trabalhadores da educação, na reunião ampliada do Comando Regional de Greve da APP-Sindicato/Foz, nesta sexta-feira, 21, em Foz do Iguaçu. A decisão foi tomada por consenso entre os mais de 250 servidores presentes à reunião. A deliberação será apresentada durante a Assembleia Estadual, em Curitiba, instância que reúne toda a categoria.

Em greve geral desde a última segunda-feira, 17, os educadores reuniram-se para avaliar a sinalização do Governo do Paraná de retirar, temporariamente para negociações, o item 33 da Mensagem 043/2016, enviada à Assembleia Legislativa. A matéria trata da suspensão do pagamento da reposição salarial decorrente da inflação (data-base). Para os educadores, o aceno do governo não constitui proposta, sendo mais uma tentativa de desmobilizar o funcionalismo.

A secretária de Formação da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, explica que o termo de acordo para o fim da paralisação, elaborado pelo governo, não oferece nenhuma garantia de pagamento da data-base. A dirigente sindical lembra, ainda, que a pauta da greve possui seis itens e até o momento o governo estadual apenas prometeu avaliar as condições para cumprir um dos pontos reivindicados pelos trabalhadores da educação.

“O governo usa a crise como discurso para retirar direitos dos servidores estaduais, penalizar a sociedade paranaense com o aumento impostos, a venda do patrimônio público e a total ausência de investimentos para a melhoria dos serviços públicos”, enfatiza Cátia Castro. “Não recebemos as progressões e promoções há dois anos.  Ano passado, o governo confiscou à força o fundo de aposentadoria dos funcionários públicos. E agora Beto Richa ataca mais uma vez, suspendendo a reposição das perdas com a inflação”, complementa.

O secretário de Organização da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges Junior, ressalta que a greve atual teve início devido à falta de cumprimento de acordo por parte do governo. “Não podemos suspender uma greve baseando-se apenas em expectativa de negociação para depois de encerrada a paralisação. Lembramos a greve teve início exatamente porque Beto Richa descumpriu o acordo sobre a data-base, firmado em 2015”, expõe o educador.

Contra a greve e as ocupações 

Lideranças estudantis das escolas ocupadas participaram da reunião do Comando Regional de Greve da APP-Sindicato/Foz. Para os alunos, a estratégia do governo é desmobilizar os dois movimentos reivindicatórios, a greve e as ocupações, sem atender às reivindicações de nenhuma das categorias. Os jovens presentes à assembleia acreditam que se a paralisação do funcionalismo terminar o governo centrará forças contra os estudantes.

“Independentemente do resultado da assembleia dos professores em Curitiba, o nosso movimento de ocupações das escolas permanecerá, até a derrubada da reforma do ensino médio, da Lei da Mordaça e da PEC 241, medida que retira recursos da educação”, afirma Juan Ruhoff, presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Almirante Tamandaré. “Não vamos recuar. Esperamos que os professores permaneçam na luta, fortalecendo o movimento”, resume.

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