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Educadores preparam dia de greve e mobilização em Foz

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Na próxima quarta-feira, 30, os educadores da rede estadual realizam dia de mobilização em defesa da educação pública e gratuita. Durante o movimento, os servidores suspendem as aulas nas escolas estaduais e promovem ato público em frente ao NRE (Núcleo Regional de Educação) de Foz do Iguaçu, a partir das 08:30 horas.

De acordo com a APP-Sindicato/Foz, o protesto é contra os cortes de investimentos, o abandono da infraestrutura das instituições e a retirada de direitos da categoria.  Para o sindicato, os educadores estão submetidos à precarização da carreira e das condições de trabalho, enquanto os estudantes enfrentam no dia a dia o desmonte do sistema educacional.

Conforme o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez, as políticas para a educação comprometem a qualidade do ensino e promovem o aumento do adoecimento dos educadores. Para ele, a falta de funcionários, a perda salarial pela ausência de reposição da data-base e a redução da hora-atividade estão entre os principais problemas da categoria atualmente.

“Os ataques contra a educação são sistemáticos e pretendem justificar a falta de investimentos, a terceirização e o avanço do ensino privado”, enfatiza Diego Valdez. “Nossa mobilização é uma forma de alerta e denúncia, pois o que está em risco é o direito da população ao ensino público, gratuito e de qualidade em todos os níveis”, completa.

Direitos que se perdem

Valdez explica que o último concurso para a contração de funcionários de escola foi em 2006. Com isso, quase metade dessa categoria trabalha sob contratos temporários. “Merendeiras, secretários, zeladoras, são penalizados com longas jornadas de trabalho, acúmulo e desvio de funções, acidentes de trabalho e adoecimento”, aponta.

Já a perda salarial afeta todos os educadores, pois o Governo Paraná não cumpre as leis do piso nacional e da data-base. De acordo com a APP-Sindicato/Foz, os servidores ganham salários abaixo do mínimo fixado pela legislação e não recebem o índice de reposição para reduzir o efeito da inflação sobre a remuneração.

Educadores adoecem

A secretária de Formação da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro, lembra que os professores estão entre as categorias profissionais que mais adoecem. “Para piorar ainda mais, os docentes do Paraná sofrem com os efeitos da resolução ilegal do Governo Richa que reduziu a hora-atividade, aumentando o número de turmas e de alunos atendidos por cada educador”, expõe.

Para a represente sindical, a redução da hora-atividade tem reflexo imediato no aumento de afastamentos de professores por motivos de saúde, devido ao prolongamento da jornada. “Com a medida do governo, os educadores realizam parte do trabalho em suas casas, nos períodos que deveriam ser de descanso. A hora-atividade significa qualidade de ensino e melhores condições de trabalho”, enfatiza Cátia Castro.

História

O dia 30 de agosto integra o calendário anual de atividades dos educadores. A data relembra os episódios de violência física sofrida pela categoria em 30 de agosto de 1988 e em 29 de abril de 2015, quando servidores em greve foram brutalmente reprimidos enquanto reivindicavam direitos. A mobilização converteu-se em marco em defesa da escola pública.

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