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Estudantes de Medicina da Unila fazem atendimento em detentas em Foz

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Um dos principais objetivos do curso de Medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) é utilizar metodologias e estratégias educacionais que promovam os estudantes como sujeitos ativos de suas aprendizagens. Exemplo disso é a atividade que está acontecendo nesta segunda, 07, e terça-feira, 08, quando um grupo de estudantes realiza atendimento ginecológico em detentas do Centro de Reintegração Social Feminino de Foz do Iguaçu (Cresf). A ação faz parte da disciplina de Ginecologia, ministrada pela professora Wilma Campos Arze.

Durante os dois dias de atividade, serão realizadas consultas ginecológicas, além de exames preventivos de câncer de colo de útero, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites e encaminhamentos para mamografias, caso seja necessário.“Fizemos contato com a administração da cadeia pública e com a Secretaria Municipal de Saúde para que fosse viabilizado o desenvolvimento desse trabalho, que contará com a participação de cerca de 40 alunos atuando em forma de revezamento. Nosso objetivo é atender todas as 160 detentas”, explica a professora Wilma. “Colocar os estudantes em contato com os diferentes cenários é muito importante para que percebam a realidade dos mais diversos tipos de atendimentos, e não só os que acontecem dentro do consultório”, completa a docente.

De acordo com o coordenador do curso de Medicina da Unila, professor Luis Fernando Zarpelon, a ideia é realizar atividades como esta de forma rotineira. “A população carcerária tem muita demanda e pouca estrutura assistencial pensada especificamente para ela. Trazer os alunos para realizar atendimento neste espaço, reconhecendo os pacientes como seres humanos, independente de sua condição, é uma tarefa importante”. Zarpelon salienta ainda que o curso de Medicina realiza ações em praticamente todas as unidades de saúde da cidade, desenvolve projetos em parceria com associações de moradores, entre outras atividades.

“É uma parceria muito importante principalmente porque o trabalho é focado na prevenção, e o que a gente mais precisa é saúde preventiva. Além disso, a realização do atendimento no local evita uma das principais dificuldades desse trabalho, que é o transporte das detentas para outra unidade. Projetos em conjunto entre Unila e Prefeitura são fundamentais porque ampliam trabalhos que hoje ainda são limitados”, afirma a secretária de Saúde de Foz do Iguaçu, Inês Weizmann dos Santos.

Além da importância da atividade prática para sua formação, o estudante brasileiro Diego Campaneruti destaca o impacto social da ação realizada no Centro de Reintegração. “É uma população negligenciada que não tem acesso à saúde preventiva e que, muitas vezes, só descobre algum problema quando a situação já é muita aguda, resultando em casos de urgência ou emergência. Por isso é tão importante esse trabalho preventivo e de diagnóstico”. A acadêmica paraguaia Liz Galeano reforça que esse tipo de atividade prática é imprescindível para a atual fase do curso, conhecida como pré-internato. “Estamos tendo um contato direto com pacientes e não apenas com o objetivo de tratar doenças, mas visando à prevenção e à promoção em saúde”.

Alexandre Rodrigues, vice-diretor do Cresf, explica que esse trabalho realizado pelo curso de Medicina da Unila supre uma carência da unidade. “Essas parcerias são de extrema importância porque atendem a algo que não temos hoje, que são profissionais voltados para a área de saúde dentro do Centro de Reintegração”.

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