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Fernando Anitelli, d’O Teatro Mágico, faz apresentação histórica na Feira do Livro

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Foto: Marcos Labanca

A programação cultural deste domingo, 10, atraiu cerca de 8 mil visitantes à 13ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu (FILFI). Entre oficinas de produção de RAP, livros Bordados, apresentações teatrais e circenses, o show com o artista Fernando Anitelli, d’O Teatro Mágico, foi marcado pelo diálogo aberto e sem tabus entre o artista e a plateia. Na apresentação da última música, “O Anjo mais Velho”, ele convidou todo o público para subir ao palco para cantar e encerrar a programação da noite com sessão de fotos e autógrafos.
 
O Teatro Mágico

Fernando Anitelli é de Osasco – SP e desde os 13 anos brincava com arranjos e melodias. O artista, em sua experiência trabalhou ao lado de nomes consagrados como: Oswaldo Montenegro, Ismael Araújo e Caio Andrade. Fernando foi responsável pela criação da trupe d’ O Teatro Mágico, que mistura música, poesia e performance circense. A apresentação na FILFI faz parte da turnê acústica, com voz e violão. “Eu sinto que eu sou um militante da música, música livre, da poesia. Aonde eu puder levar, aonde eu puder trazer o público participar eu vou fazer”, explica Anitelli.

Diversidade

Alinhado à proposta de diversidade cultural da FILFI, o intérprete abordou temas como: homofobia, preconceito racial, fortalecimento feminino e liberdade de produção cultural. O artista quebrou o protocolo de apresentações, sentou ao lado público e abriu espaço para pessoas da plateia recitarem poesias autorais. Entre elas, Maria Mariana, estudante da Unila vinda de Salvador (BA), que surpreendeu a todos com a potência da voz feminina.
“É muito difícil fazer um show alegre e só, sem tocar nesses assuntos, que pode até ser um tabu, mas é fundamental. As famílias têm que conversar isso no almoço, os amigos nas escolas, na igreja, nas associações. São micropolíticas, a gente tem que fazer isso. Senão vão continuar tratando a gente como gado” opina, Fernando, a respeito do comportamento civil e governamental atual.

Cidadania, Circo e Teatro

Além do show marcante, a Oficina de Livro Bordado, conduzido por Elza Mendes, moradora do bairro Cidade Nova, promoveu consciência social entre os participantes e trouxe sentimento de pertencimento aos direitos básicos de cidadão, como condições básicas de segurança, educação e saúde a todos os residentes da região. “Nós temos um trabalho de crítica às políticas públicas do nosso bairro e desde a fundação o livro veio para fortalecer essa crítica”, conta Elza.

O ator paulistano, Clovys Torres, emocionou e captou a atenção do público com o monólogo “Me dá tua mão”. Ele está percorrendo o Brasil com a peça teatral autoral e com o lançamento do livro de crônicas e poesias – Curva de vento. Ele também trabalhou como jornalista e  conta que o jornalismo literário o ajudou a pensar no teatro de uma forma mais ampla. “A literatura te torna uma pessoa com mais nuances, te torna uma pessoa mais completa”, explica Torres, que ainda irá visitar os acadêmicos de Cinema da Unila.

A Trupe Luz da Lua e o Circo do Luar divertiram crianças e adultos entre palhaçadas, piadas, malabarismos e apresentações circenses. A estrutura mais ampla de palco e arquibancadas valorizaram a performance dos artistas, como afirma João Batista de Andrade, conhecido também como palhaço Muamba. “Esse ano a valorização dos artistas foi melhor. O público sempre retribui, mas esses dois últimos dias retribuíram mais que o normal”, explica o palhaço.

Serviço

A Feira do Livro ainda tem ampla programação durante toda a semana – até o dia 17 de setembro (próximo domingo). Lançamentos literários, como o do policial civil, Marcos Araguari, e da Úrsula Oswald Spring – professora e pesquisadora da Universidade Nacional do México, estão previstos para esta semana. O cronograma de atividades contempla o público diariamente com contação de histórias, recreação, rodas de conversa e shows com Tiago Rossato, Orquestra da Unila, Clube da Música do Instituto Federal do Paraná, Mombojó, entre outras apresentações musicais e artísticas.

A entrada é gratuita, e as atividades começam diariamente às 9h, e a estrutura está montada na Avenida JK, número 3225 – no Complexo Bordin (espaço da antiga loja de materiais de construções Bordin).

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