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Alunos e funcionários fazem paralisação na Unila em Foz do Iguaçu

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Na manhã de quarta-feira (14) o cotidiano dos alunos, professores e servidores técnicos da Universidade de Integração Latino Americana (Unila) começou diferente. Eles fizeram uma paralisação em frente à nova sede da universidade, a Unila Centro, para exigir que o projeto seja colocado em prática. A principal reclamação é que a universidade ainda não está caminhando como deveria devido à centralização administrativa que vem acontecendo no decorrer dos dois anos de existência.

Foto: Mariana Serafini | Clickfoz
Alunos, funcionários técnicos e professores participaram da paralização

A paralisação é organizada pela Associação dos Docentes da Unila (Adunila) e tem como principais pautas: regularização do registro de todos os Cursos no MEC; institucionalização e descentralização acadêmica; imediata formulação do Conselho Universitário pro tempore; implantação do Plano de Desenvolvimento Institucional; disponibilização de estrutura mínima, ou seja, salas de aula e laboratórios; esclarecimento das funções e regulamentação do Instituto Mercosul de Estudos Avançados; criação da Comissão Permanente de Pessoal Docente, respeito às habilidades acadêmicas na atribuição de carga horária dos professores e participação na seleção e curso de novos professores.

 

 

De acordo com a professora de Relações Internacionais e Integração, Gisele Ricobom, diretora geral da Adunila, a universidade não vem dando as respostas que deveria, tanto para os funcionários e professores quanto para os alunos. A situação se agrava quando se fala dos alunos que vieram de várias partes do país e da América Latina acreditando em um projeto que ainda não está sendo colocado em prática.

Foto: Mariana Serafini | Clickfoz
A ideia é fazer a paralisação durante um dia apenas, e não uma greve, para não prejudicar ainda mais o andamento da universidade

 

 

“A universidade cresceu, tem um número significativo de professores, servidores e alunos e ela ainda não descentralizou os processos de decisão, isso no nosso cotidiano impede que a gente tenha a graduação de forma melhor regulamentada”, esclarece a professora Ricobom.

 

Além das questões administrativas, os alunos vêm enfrentando sérios problemas estruturais. “Temos dificuldade com residência estudantil, os alunos estão em situação muito difícil nas moradias, temos também dificuldade com transporte e alimentação, não há laboratórios para os cursos de ciências exatas e nem uma biblioteca adequada para que possamos desenvolver pesquisa”, denunciou Gisele Ricobom.

Foto: Mariana Serafini | Clickfoz
Os alunos questionam a "Integração" porque segundo eles, não existe nenhum projeto que promova esta ação

O aluno de Relações Internacionais e Integração, Francisco Pereira, veio do Ceará para Foz do Iguaçu para estudar na Unila, mas a realidade que ele encontrou foi diferente do que viu no projeto. “Eu vim acreditando em uma universidade diferente, mas o projeto não está contemplando a nossa dura realidade”, afirmou.

 

 

De acordo com ele, os alunos estrangeiros também têm sofrido com “informações distorcidas”, Pereira explicou que muitas vezes os alunos recebem uma informação em seus países e quando chegam ao Brasil, a realidade é outra. Eles têm enfrentando problemas greves relacionados à estrutura e alimentação.

 

“A Unila tem esse perfil de inclusão social, e muitos alunos têm uma vulnerabilidade social muito alta, não têm realmente como se sustentar se a assistência estudantil não funcionar como deveria”, disse Chico Dênis, como é conhecido.

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