| Foto: Kiko Sierich |
 |
| Documento foi entregue a prefeita em exercício, Ivone Barofaldi |
Após detalhar os planos, o presidente do Fundo Iguaçu (Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu), superintendente de Comunicação Social da Itaipu e secretário do Codefoz, Gilmar Piolla, entregou os documentos para a prefeita em exercício, Ivone Barofaldi. Agora se iniciam os trabalhos para incluir o masterplan no Plano Diretor Municipal, que começa a ser discutido pela comunidade.
Segundo Piolla, a prefeitura já encaminhou as especificações técnicas para a contratação da consultoria que apoiará a revisão do Plano Diretor. “Buscaremos um amplo envolvimento da comunidade”, disse. A meta é estabelecer uma frente conjunta da prefeitura, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu e outras instituições da sociedade, com apoio da Itaipu Binacional e Fundo Iguaçu.
Piolla ressaltou ainda outros passos importantes: criar uma organização gerenciadora do projeto, desenvolver as operações urbanas consorciadas e inseri-las no Plano Diretor. “Na sequência vamos analisar quais instrumentos vamos adotar, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) progressivo sobre áreas ociosas, solo criado e emissão de Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção)”, completou.
Ao receber o masterplan do Beira Foz, Ivone Barofaldi frisou que os grandes projetos estruturantes são fundamentais para o desenvolvimento de Foz do Iguaçu. “Antes diziam que existiam recursos públicos e investidores privados, mas a cidade não tinha propostas. Hoje essa realidade é diferente. A velocidade das ideias para as ações na prática é surpreendente”, afirmou a prefeita em exercício.
Rios – O Projeto Beira Foz foi desenvolvido pela Arup, da Inglaterra, uma das maiores consultorias do mundo em projetos urbanísticos. Trata-se de uma proposta estratégica de desenvolvimento urbano e ocupação pública e privada das margens do Rio Paraná e do Rio Iguaçu, que prevê uma plataforma de investimentos públicos e particulares por meio de operações urbanas consorciadas e parcerias público-privadas (PPPs).
A área-piloto abrange 600 hectares, com modelagem de sete operações urbanas consorciadas, priorizando a Beira Rio existente, no trecho de seis quilômetros já pavimentados, e a região do entorno da Ponte Internacional da Amizade, Jardim Jupira e Marco das Três Fronteiras.
A versão final inclui uma ampliação da definição, sugerida pelo presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz. Assim, o Beira Foz também passa ser definido como uma Área Especial de Interesse Turístico. O objetivo é abrir caminho para conquistar regime fiscal e tributário diferenciado; licenciamento ambiental simplificado; financiamento do BNDES; cota de compras de US$ 500, entre outros benefícios.
Realidade – Piolla concluiu a apresentação reforçando que o Beira Foz já é uma realidade, com a opção de ser implantado por etapas. Ele destacou exemplos da sua realização, como a revitalização da Ponte da Amizade, a concessão do Marco das Três Fronteiras e a construção da segunda ponte entre o Brasil e Paraguai. “Temos ainda a Perimetral Leste, a nova pista do aeroporto, duplicação da BR-469, revitalização da Rodovia das Cataratas, entre outras ações.”
Por fim, ele apresentou o estudo desenvolvido pela Arup sobre a viabilidade do Autódromo Internacional de Foz do Iguaçu, às margens do Lago de Itaipu, na região do Alto da Boa Vista. O desenho prevê pistas de velocidade, kart e motocross, além de arena multiuso para grandes eventos e shows, hotéis, restaurantes, marina com acesso ao Lago de Itaipu, quadras de tênis e estacionamento.
