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Enfim… Teatro!

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Na verdade não estou preocupada em denominar, mas o outro sentimento que ficou latente já tem nome: felicidade. Felicidade ao ver que temos aqui na cidade uma pessoa capaz de escrever um texto com tamanha qualidade onde a ênfase é totalmente da palavra.

Foto: Gabriela Keller
Guizos: Palavra no fazer teatro

O mais interessante é ver que o ator, de certa forma, fica nulo; somente o texto é que sobressai, mas é engano pensar que nesse espetáculo não há trabalho de ator e somente verborragia. O texto ganha o destaque justamente pelo fato de não nos prendermos às expressões corporais e nem às entonações e musicalidade da expressão oral. Essa desconstrução do ator que aparece, se expressa, fala, gesticula, é de fato muito difícil, para o diretor e principalmente para o ator. 

O blackout não é utilizado como recurso de logística, nessa peça. O blackout te provoca, te assombra e, de certa forma, contracena tanto com o personagem quanto com a platéia. 

É, com certeza, outro teatro, desses que não estamos muito acostumados a ver, principalmente aqui em Foz, onde a produção de peças teatrais ainda é muito pequena. Diante disso, é de grande importância que esse trabalho seja visto principalmente pelas pessoas de teatro que posteriormente possam debater e tentar expressar com palavras, se possível, a sensação que a peça provoca, enfim, trocar, pois o fazer teatro também está no ato de ver teatro. Creio que isso contribui para o crescimento profissional dos grupos, bem como o crescimento de uma produção teatral de maior qualidade. 

Portanto, recomendo… Veja Guizos e faça o que considerar mais prudente com as inquietações e as sensações, mas acima de tudo, permita-se senti-las. 

 


 
 

 

 

 

*Claudia Ribeiro é  atriz, contadora de história, produtora, dramaturga e professora.

 

 

 

 

 

 

 

 

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