Apesar da letalidade, a doença não é freqüente, e praticamente foi erradicada do País. No Paraná, o último caso de raiva humana foi em 1987, na cidade de Rio Branco do Sul, na região de Curitiba. Em Foz do Iguaçu, um cão foi diagnosticado com raiva em 2005. Em ambos os casos, a infecção se deu após contato com morcegos. “Quando doentes, os morcegos ficam suscetíveis ao ataque de cães e gatos, que além de serem contaminados podem passar a doença para as pessoas”, alertou o veterinário do CCZ. Os morcegos são animais silvestres, protegidos por lei, e tem um papel importante na natureza, fazendo o controle de pragas, polinização e dispersão de sementes.
A transmissão dos animais para o homem se dá por meio da mordedura, arranhadura e lambedura. Pessoas que foram atacadas por um cão ou gato devem lavar o ferimento com água e sabão, e procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS). O animal não deve ser sacrificado. É fundamental entrar em contato com o CCZ, para receber orientações de como observar o comportamento do bicho.
A raiva altera o comportamento do animal, que passa a buscar por lugares escuros, esconde-se atrás de móveis e pode ficar extremamente agitado ou excessivamente melancólico, dependendo do tipo da doença. O cão também passa a recusar alimentos, saliva muito e, a partir do quarto dia, entra num estado de paralisia, podendo morrer em 48h.
Fronteira – Outro fator que reforça a necessidade da vacina é o livre trânsito dos animais na tríplice fronteira, que pode facilitar a entrada do vírus no município. No começo do mês foram registrados 45 casos suspeitos em Corumbá, na fronteira do Brasil com a Bolívia. Um homem morreu.
Para avisar aos moradores, o CCZ inicia nessa quinta-feira um trabalho de divulgação pelos bairros que fazem parte da primeira etapa da campanha. Dois carros de som irão percorrer a região fazendo um chamamento à população de tornar a vacinação antirrábica um compromisso para os donos. “A vacina é o método mais seguro para evitar que os animais de estimação e seus donos sejam infectados”, reforçou o Secretário Municipal da Saúde, Charlles Bortolo. “O Poder Público fornece a imunização, mas os proprietários precisam assumir a responsabilidade e levar seus pets para a vacina”, completou o prefeito Reni Pereira.
Postos fixos serão Escolas Municipais – Entre as 20 escolas municipais instaladas na região da primeira etapa da Campanha Antirrábica, exceto duas não funcionarão como postos fixos de vacinação: Monteiro Lobato, no Porto Belo; e Josinete Holler, na Vila A. Veja a lista das Escolas Municipais que vão ser usadas como postos fixos de vacinação nesse sábado, 15:
Arnaldo Isidoro de Lima – Vila C
Padre Luigi – Vila C
Najla Barakat – Jardim Itaipu
Ademar Marques – Vila São Sebastião
Suzana M. Balém – Jardim Califórnia
Jorge Amado – Cidade Nova I
Belvedere – Jardim Belvedere
Cândido Portinari – Jardim Petrópolis
Altair Ferraz (Zizo) – Jardim Ipê
Ponte da Amizade – Jardim Jupira
Gabriela Mistral – Jardim Lancaster
Olavo Bilac – Gleba Guarani
Três Bandeiras – Jardim Três Bandeiras
Rosália Amorim – Jardim Canadá
Olimpio Rafagnin – Parque Imperatriz
Ceres de Ferrante – Parque Três Fronteiras
Eloi Lohmann – Jardim Tucuruí