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Projeto da Unila cria museu do Colégio Estadual Ayrton Senna

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Mimeógrafos, máquinas de datilografia, uniformes, bandeiras e desenhos estão entre os objetos reunidos no Espaço Cultural Ayrton Senna, inaugurado nesta sexta-feira, 10, no colégio que leva o nome do piloto. A criação do espaço, um museu reunindo objetos que contam a história da escola, nasceu durante as atividades do projeto de extensão “Educação Patrimonial”, desenvolvido de setembro a dezembro do ano passado e coordenado pelo técnico em assuntos educacionais da Unila, Pedro Louvain. 

Foto: Assessoria
Espaço foi inaugurado na manhã desta sexta-feira, 10

A criação do museu, que não estava prevista inicialmente no projeto, surgiu da ideia de reunir objetos que são testemunhas da história do colégio, mas que não tinham visibilidade. “A partir daí saímos em busca desses objetos, fizemos um levantamento e organizamos o material”, conta Pedro Louvain. Nessa busca, foram encontrados antigos uniformes, fotos, desenhos do concurso feito entre os alunos para a escolha da primeira bandeira do colégio, entre outros itens. O espaço foi organizado pela então museóloga da Unila, Tamiris Amancio.

A participação dos estudantes foi um forte componente durante todo o processo. Além da própria participação no projeto de extensão, que buscou uma reflexão crítica dos estudantes sobre o patrimônio cultural da cidade e também pessoal, os alunos também decidiram o nome do espaço e confeccionaram a bandeira do museu, que tem mais de três metros. O desenho e a pintura foram feitos com orientação da professora de Artes do colégio. “Inicialmente, iríamos mandar imprimir, mas dessa forma a bandeira teria pouco valor, então, pegamos tecido, tintas e pincéis e entregamos para os alunos”, diz Louvain.

Durante a solenidade de inauguração, foi feito o lançamento do livro “Nosso tesouro cultural em Foz – debatendo educação patrimonial no C.E. Ayrton Senna da Silva”, organizado por Louvain e pela pedagoga do colégio, Fernanda Trindade, e produzido pelos 26 alunos do 9º ano que participaram do projeto em 2014.

No livro, cada estudante elege um local que gostaria de ver tombado como patrimônio cultural e também descreve seu patrimônio cultural pessoal – um objeto que represente sua história de vida. “É uma atividade lúdica e pedagógica. Todos temos objetos que ultrapassam a materialidade, que fazem parte da identidade de cada um, construída a partir de nossa memória, e que ancoram nossa história pessoal”, reflete Louvain.

Depois das escolhas pessoais, os estudantes elegeram o Marco das Três Fronteiras, como o local merecedor do tombamento como patrimônio material da cidade. A Fartal – Feira de Artesanatos e Alimentos, que está em sua 39ª edição – foi eleita como patrimônio imaterial, que não pode ser tombado, mas registrado.

Para chegar a essas escolhas, os estudantes participaram de uma expedição científica em busca dos tesouros culturais de Foz no ano passado. Foram visitados o Marco das Três Fronteiras, a Base da Marinha e o Grêmio Esportivo e Social de Foz do Iguaçu (Gresfi), fundado em 1941 para abrigar o Correio Aéreo Nacional e, posteriormente, transformado em clube.

O projeto envolveu aulas de História, Geografia e Português, num diálogo interdisciplinar. “Para os alunos foi uma oportunidade de ampliar o leque de vivências e de conhecimento”, diz a pedagoga Fernanda Trindade, parceira no projeto. “O projeto despertou nos estudantes a vontade de fazer uma universidade, almejar um futuro melhor. Passaram a sonhar com a universidade. Ficaram muito empolgados”, comemora.

 
 
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