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Termina mais uma edição da Latinoware

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Palco para a apresentação das principais novidades em software livre do mundo, a 11ª edição da Conferência Latino-americana de Software Livre (Latinoware) terminou nesta sexta-feira, no Parque Tecnológico Itaipu. Durante os três dias do evento, que contou com 4.532 participantes, foram promovidas cerca de 250 atividades, somando mais de 350 horas de palestras, minicursos, workshops, mesas-redondas e outras ações ligadas ao universo da Tecnologia da Informação e do software livre.

A Latinoware 2014 reuniu estudantes e profissionais de todas as áreas da tecnologia da informação na discussão sobre a importância do software livre. Durante o evento, foram abordados temas como as tendências e o futuro do hardware; segurança e privacidade; novo conceito de desenvolvimento integrado com operações; modelagem 3D, fotografia panorâmica e videografismo com software livre; educação e robótica pedagógica; desenvolvimento e métodos ágeis; software público; cyberativismo, entre outros.
 

Considerada um dos maiores e mais importantes eventos do gênero no mundo, a Latinoware trouxe a Foz do Iguaçu participantes de quase todos os estados brasileiros. O Paraná foi o estado com o maior número de representantes – 1.768 – seguido do Rio Grande do Sul, com 450 inscritos, e Minas Gerais, com 446. Além dos brasileiros, 225 estrangeiros marcaram presença na Latinoware. O maior grupo foi o do Paraguai, com 214 participantes. Argentina, Equador, Estados Unidos, Inglaterra, México, Peru e Venezuela também contaram com representantes no evento.

Nesses onze anos, a Conferência acompanhou a verdadeira revolução do software livre no Brasil e no mundo. O constante processo de inovação permitiu que as ferramentas livres se tornassem, muitas vezes, uma alternativa superior em diferentes pontos em relação ao software proprietário. Além do espaço no mercado, outra conquista alcançada foi a inclusão do estudo de sistemas de software livre nos cursos da área.

Software livre como alternativa para a contenção de crises
Um caminho para minimizar situações de crises globais – como a destruição do Haiti e o mais recente surto provocado pelo vírus Ebola – pode estar em estratégias de respostas baseadas em software livre e agilidade. Um exemplo apresentado durante a Latinoware foi o aplicativo Rapid FTR (Rapid Family Trancing and Reunification ou rastreamento e reunificação rápida de famílias).

Desenvolvido em código aberto, o app tem como objetivo abastecer um banco de dados central com informações importantes sobre a localização de crianças que se perderam em meio a desastres naturais. Dentre os vários exemplos de uso do RapidFTR estiveram o desastre provocado pelo tufão Hayan, nas Filipinas, e o auxílio aos refugiados da guerra civil ocorrida na República do Congo.

A diretora de tecnologia da ThoughtWorks Brasil e pesquisadora associada ao Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (USP), Claudia Melo, destacou que, por meio de tecnologia livre, podem ser criadas e desenvolvidas soluções com mais rapidez e efetividade para resolver problemas de grande magnitude, responsáveis pela morte de milhares de pessoas, além de separar famílias e colocar as pessoas em situações de extrema vulnerabilidade.

“A população consegue notificar coisas que estão observando, numa mistura de jornalismo e ativismo social, com informações geoespaciais. Isso ajuda o governo e as entidades a mapearem, em tempo real, como está a situação da crise. No caso do vírus Ebola, por exemplo, esse tipo de tecnologia permite levantar dados como o número de casos (confirmados ou suspeitos), mortes e os principais focos da doença”, afirmou.

Ela explicou a importância do software livre e da agilidade para que essas ações sejam adaptadas e rapidamente disponibilizadas para a resolução de questões das crises. “Incentivamos que esse tipo de estratégia seja adotada por governos para garantir o bem-estar da população, já que são situações que exigem extrema agilidade”.

Organização
A Latinoware é organizada pela Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil, Companhia de Informática do Paraná (Celepar) e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Para esta edição, contou com o apoio do site Proteja seu Filho na Internet; Agenda-TI; Comunidade Gnu/Linux – Paraguai; Demoiselle Framework; Revista Espírito Livre; Tela Social; Coalti; Fórum Goiano de Software Livre; ThoughtWorks; e ABRAPHP. 

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