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Foz do Iguaçu terá o primeiro Laboratório de Internet das Coisas

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Otimizar serviços funcionais e facilitar a tomada de decisões são algumas das propostas da Internet das Coisas (IoT). Trata-se de uma revolução tecnológica a fim de conectar dispositivos eletrônicos utilizados no dia a dia à rede mundial de computadores. Considerada como um dos pilares da chamada “quarta Revolução Industrial”, estimativas de empresas que já atuam neste mercado apontam que mais de 50 bilhões de dispositivos estarão interconectados à rede até o ano de 2020.

 Pensando nisso, a Itaipu Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e o Instituto Federal do Paraná (IFPR) estão trabalhando em conjunto para o desenvolvimento dessa área, por meio da criação de um Laboratório de IoT no PTI. O projeto vem sendo elaborado por meio do Centro Latino-americano de Tecnologias Abertas (Celtab).

O laboratório tem como objetivo o desenvolvimento e pesquisas na área de eletrônica e dispositivos conectados a rede de internet. Também possui o intuito de democratizar o desenvolvimento eletrônico em projetos e promover um espaço singular para desenvolvimento, troca de experiências e integração na área de IoT, com foco primário na utilização de plataformas e serviços open-source. “Cinco anos atrás nós nunca imaginávamos que haveria televisões conectadas à internet. Hoje em dia temos portas, maçanetas, carros, e etc, conectados a toda hora”, comentou o engenheiro eletricista do PTI,  Rolf Massao Satake Gugisch.

A principal proposta do laboratório do PTI é auxiliar outros projetos do Parque por meio de tecnologias interligadas, trabalhando com base nos princípios da IoT: a interpretação de dados, a conexão de dispositivos, análise desses dados e aprendizagem de máquinas e, por fim, a otimização de todos os processos envolvidos. “Há dez anos, os componentes eletrônicos eram muito mais caros. Hoje é mais barato para embarcá-los e instalá-los em uma porta ou uma lixeira, por exemplo”, disse Rolf. “Essa é a ideia: trazer in loco, no nosso grande laboratório, o PTI, e começar a inserir sensores pelo Parque e fazer uma coleta desses dados para que seja possível trabalhar sobre os pilares da IoT”, completou.

Um dos projetos com base na IoT que já estão em andamento é a a plataforma “Smart PTI”, que será utilizada para integrar o Parque, com sensores para aquisição de dados das áreas administrativas. Dessa forma, por exemplo, a inclusão de sensores nos aparelhos de ar condicionado nas salas permitirá verificar quando será necessária a realização de manutenções preventivas. As primeiras iniciativas realizadas envolveram o desenvolvimento de redes específicas para IoT, além de testes à longa distância, por meio da instalação de uma antena no Edifício das Águas com alcance de dados de até 4 quilômetros, com resultados positivos.

A tecnologia inovadora utilizada no projeto se baseia no conceito das Cidades Inteligentes (Smart Cities), que envolvem o uso intensivo de tecnologia da comunicação e informação sensíveis ao contexto de gestão urbana. “Isso começa em uma escala pequena, por meio do Smart PTI instalado em áreas funcionais e objetos de uso cotidiano, como portas, lixeiras, sensores de monitoramento para estacionamento de veículos, etc, para em seguida expandi-lo a nível regional”, comentou Rolf.

“Quem sabe Foz do Iguaçu não será uma das primeiras cidades do Paraná a adotar os conceitos das Smart Cities?”, concluiu. A finalização do projeto está prevista para 2018.

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