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Foz recebe palestra gratuita sobre Economia Digital

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Foto: Divulgação

Não é de hoje que o medo de o ser humano ser substituído pelas máquinas assombra as perspectivas profissionais, mas esta possibilidade nunca esteve tão evidente como nos tempos atuais e com isso surge a dúvida inevitável: o que fazer para que consigamos nos adaptar a esta nova visão de mundo?

O professor Luciano Vicenzi explica que, mais do que nunca, o modelo programado de educação, no qual fomos ensinados a repetir conceitos, não tem mais espaço nesta nova configuração, porque a inteligência artificial pode substituir com muito mais rapidez e eficácia quando há a necessidade de se tomar decisões efetivamente racionais e burocráticas, no entanto “a máquina não decide sobre o aspecto subjetivo e a condição que nos faz humanos é o que melhor nos irá preparar para o futuro, pois a Economia Digital trabalha numa perspectiva humanizada das relações”.

Esta é uma das abordagens a serem feitas pelo professor Luciano Vicenzi, consultor ISAE FGV em Curitiba, e morador de Foz do Iguaçu – PR, que irá ministrar a palestra Paradigma da Abundância e a Nova Economia, no próximo dia 15 na faculdade Uniamérica, a partir das 19h. A palestra é gratuita e é voltada aos empresários locais que querem entender um pouco mais sobre este novo modelo de pensamento. Serão discutidos os seguintes tópicos: O mundo estruturado a partir da escassez; Bases da Quarta Revolução Industrial; O Modelo Mental dos Novos Empreendedores; O Paradigma da Abundância; e Os Fatores Comportamentais da Abundância.

Segundo o professor Luciano, “esta discussão é um novo modelo de pensamento e de perspectiva para os empresários, para que vejam a importância de buscar o crescimento, trabalhar de forma colaborativa, para que juntos possam ir mais longe”, conta.

ECONOMIA DA ABUNDÂNCIA

A Economia Digital sai do modelo linear, aquele no qual a oferta leva em conta a capacidade produtiva e o valor de uma mercadoria se dá pela escassez dela, ou ainda quando se utiliza de controle para reter recursos e vender um produto o mais caro possível, para o modelo no qual se pode construir uma Startup e atender a milhares de pessoas com um baixo número de funcionários, por exemplo.

A mudança envolve uma sensibilização para o tema da nova economia, que diferentemente da antiga, que era baseada na oferta, esta é uma economia baseada na demanda, na qual se busca identificar um público-alvo e saber das necessidades deste público, para, daí então, produzir o que ele precisa ou o que ele ainda nem sabe que precisa. “Vivemos em um momento em que o foco sai do produto e do processo e vai para o cliente, que hoje é muito mais exigente com suas necessidades e tem mais opões de escolhas tornando-se assim muito mais crítico”, explica Vicenzi.

As empresas na Economia Digital contam com recursos de terceiros, como, por exemplo, a Airbnb, que não tem um leito sequer, mas é referência em locações de hospedagem, ou o Uber que não precisou de uma frota de veículos para se tornar o que se tornou, “isso porque elas se pautam no modelo de abundância e utilizam recursos de terceiros – os chamados recursos ociosos; este panorama gera crise nas empresas que não estão preparadas para entender este mercado e para trabalhar assim”, complementa.

Diferentemente do pensamento de Economia Linear, no qual há relação fixa entre o que se produz e o que se vende, no meio digital a matéria prima é a informação, e aqui o crescimento é exponencial, ou seja, duplicado várias vezes, conforme Vicenzi: “começa numa escala pequena, sem que se perceba, mas quando começa a dobrar sequencialmente chega um momento em que ela torna-se disrruptiva, ou seja, seu crescimento toma proporções gigantescas, até chegar ao momento em que ela desmaterializa, desmonetiza e democratiza”, explica. Alguns exemplos deste modelo são: Airbnb, Uber, Google, Facebook, WhatsApp, Instagram, mas há muitas outras.

ECONOMIA DIGITAL EM FOZ

Em Foz do Iguaçu já é possível visualizarmos movimentos de empresários e empreendedores que visam este modelo de Economia Digital, como algumas Startups iniciantes, “porém um movimento ainda tímido, levando em conta o potencial da região”, pontua o professor, que afirma que a Economia Digital é aplicável a Foz, uma vez que não há espaço para indústrias pesadas na cidade em função das questões ambientais, e lembra também que  várias instituições locais já estão trabalhando para isso, como Sebrae, Acifi-NTI, Codefoz, PTI, Programa Oeste em Desenvolvimento, Iguassu IT, Iguassu Startups, mas ainda não de forma conjunta. Além do mais, o foco fica ainda muito restrito ao turismo, comércio exterior e logística, vocações atuais da cidade, mas em se tratando de empresas digitais, o público-alvo pode estar em qualquer lugar do mundo, não havendo, portanto, nenhuma restrição quanto ao tipo e segmento de negócio a ser desenvolvido.

O grupo de empresários que abraçou esta ideia levou em conta os esforços que já estão sendo realizados e para não duplicar um trabalho já existente optou por descentralizar e trabalhar as organizações exponenciais, principalmente no que se refere ao tipo de disposição e mentalidade que é preciso ter, “queremos atrair e reter talentos para Foz”, explica Vicenzi.

“As empresas tradicionais sabem que precisam inovar, mas não foram educadas para isso e para a Economia Digital funcionar é preciso que o modelo mental dos envolvidos seja capaz de transformar-se para uma nova realidade, que consigam pensar fora da caixa”, complementa.

Quanto mais a tecnologia se desenvolve, mais as interações humanas se intensificam, “como, por exemplo, a luz elétrica, que permitiu ao mundo continuar funcionando, mesmo depois que o Sol já foi embora”, finaliza.

SERVIÇO

TEMA: Palestra Paradigma da Abundância e a Nova Economia

DIA: 15 de março.

HORÁRIO: 19h

LOCAL: Auditório da Faculdade Uniamérica – Av. das Cataratas, 118, Vila Yolanda. Foz do Iguaçu – PR.

ENTRADA: 1 Kg de alimento não perecível. As inscrições podem ser feitas na hora.

*Os alimentos arrecadados serão doados ao Lar dos Velhinhos

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