Previous slide
Next slide

MP promete contestar FIFA se a entidade liberar venda de bebidas alcóolicas na Copa

Previous slide
Next slide

O Ministério Público de São Paulo promete entrar na briga com a Federação Internacional de Futebol Associados (FIFA) caso a organização responsável pelo maior evento do futebol mundial decidir liberar a venda de bebidas alcoólicas na Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Uma grande cervejaria mundial patrocina o evento.

A venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol no Brasil é proibida desde abril do ano passado, por uma decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que assinou um protocolo de intenções com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União.

“Vamos fazer de tudo para barrar essa decisão, porque assinamos um protocolo de intenções com a CBF proibindo a bebida alcoólica. Sou favorável, inclusive, para se estender (a decisão da proibição) a todos os estádios de futebol, porque aquele sujeito embriagado, não só cria confusão no estádio ou no acesso. Ele sai do estádio embriagado, pega o carro, corre, atropela, chega em casa e agride a mulher. É uma tragédia”, disse o promotor Paulo Castilho.

Segundo Castilho, o Ministério Público não vai ceder à pressão econômica e vai defender a proibição da venda de bebidas alcóolicas nos estádios que vão abrigar a Copa do Mundo. “Se assim entender a Justiça que deve ser liberado, nós vamos acatar. Mas o Ministério Público, em defesa da sociedade, vai brigar com todas as armas para que isso não seja permitido. Não é porque vem aqui uma poderosa fabricante [de cerveja] que vai querer mandar no Brasil. Pode até conseguir isso, mas vai ter de conseguir isso por intermédio da lei ou por decisão do Poder Judiciário”, afirmou.

Embora a FIFA tenha um contrato de publicidade com a cervejaria, prevendo a divulgação da marca em um espaço publicitário no estádio, a CBF acredita que a federação internacional não deverá obrigar a venda de bebidas nos estádios brasileiros principalmente porque, segundo ela, esse contrato não seria condicionado à venda de bebidas. 

“A decisão de proibir bebidas alcoólicas nos estádios é da CBF. Não é proibido por lei. Mas esperamos que a CBF se mantenha coerente, porque teve um efeito bastante positivo dentro dos estádios”, afirmou o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Abramovay.

O comandante do 2º Batalhão da Polícia de Choque de São Paulo e responsável pelos eventos esportivos na capital paulista, tenente-coronel Almir Ribeiro, diz que a venda de bebidas em estádios é um grande problema porque altera o comportamento das pessoas e deve continuar proibida.

“Se a FIFA determinar isso (liberação), vamos ter que estudar e chegar a um termo de ajustamento. O ideal seria como está sendo praticado hoje no Brasil, proibindo (a venda). Temos tido bons resultados dessa maneira”, diz Ribeiro.

Previous slide
Next slide