As novas tecnologias podem ser melhor utilizadas para o desenvolvimento do turismo no Brasil e ainda gerar um conjunto de oportunidades para aprimorar a qualidade nos serviços prestados pelas operadoras de turismo no país. A avaliação foi feita pelos participantes do Fórum Braztoa – Tecnologia a serviço do agente de turismo, realizado em São Paulo. O fórum faz parte do 30º Encontro Comercial Braztoa, que termina hoje (07) na capital paulista.
“Comparado a outros países, é possível observar que o turismo brasileiro ainda tem muito a crescer nesse sentido”, ponderou o gerente sênior de marketing da Google na América Latina, Gustavo Gasparini.
Segundo ele, a internet pode ajudar muito nesse processo, já que existem aproximadamente 50 milhões de usuários atualmente no país. “Esse usuário, ao contrário de dez anos atrás, é muito ativo”, disse o executivo. “Uma pesquisa feita pela nossa empresa mostra que 86% dos usuários usam a web para comparar preços e 22% para realizar compras. Entretanto, 77% das compras feitas em lojas físicas, mostram que 77% foram realizadas após pesquisa feita na internet”.
O estudo também aponta que 91% das pessoas que compraram produtos e serviços de viagem fizeram pesquisa anterior pela internet. Os dados, afirma Gaspatini, mostram a importância de os sites terem informações claras, completas e da fácil acesso.
O presidente da Gestation Incorporate, Michael Stone, diz que mais da metade dos usuários pesquisados pela empresa revela-se desapontada por não encontrar as informações que buscava nos sites pesquisados.
“Por isso é importante que as empresas estejam preparadas para esse público, tenham sites com informações ou, pelo menos, a indicação de onde os dados procurados podem ser encontrados”.
Para a professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Roseli de Deus Lopes, a realidade virtual pode ser um recursos usado como motivação para viagens a destinos recriados em computador. “Por exemplo, um turista que vê a recriação de um ambiente como um museu em um site verá o quanto vale a pena realizar a viagem e conhecer a fisicamente aquilo que viu em ambiente virtual”, diz Roseli, que apresentou um estudo nesse sentido.
