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Paraguaios preparam protestos contra Tratado de Itaipu

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Emigrantes paraguaios que residem em Nova Jersey, Nova York (EUA), Madri (Espanha) e Buenos Aires (Argentina) prometem realizar protestos em frente às embaixadas e consulados do Brasil nestas localidades, no próximo dia 26, às 9h, para dar visibilidade às reivindicações do Paraguai quanto ao “Tratado  de Itaipu” – considerado  injusto pelo atual governo paraguaio. De acordo com os termos do acordo, a energia gerada pela usina binacional deve ser dividida igualmente entre os dois sócios. No entanto, o Paraguai utiliza apenas cerca de 5% dessa energia e o excedente é vendido a preço de custo ao Brasil –  é justamente esse valor que o presidente paraguaio Fernando Lugo quer renegociar.

Segundo o site Sopa Brasiguaia, a possível mobilização internacional foi divulgada pelo Diário Última Hora em sua versão eletrônica. “O que se pode conseguir é que o governo brasileiro perceba que não só o governo paraguaio está por trás de tudo isso, mas todo o povo paraguaio, que hoje em dia está espalhado pelo mundo”, detalha o comunicado, cuja redação foi decidida durante um congresso de emigrantes nos Estados Unidos.

Impasse – O mais novo conflito diplomático que ameaça as relações entre Brasil e Paraguai se arrasta desde a posse do presidente Fernando Lugo, no ano passado, que ganhou as eleições presidenciais tendo como uma das bandeiras centrais de sua campanha a renegociação do Tratado de Itaipu – embora o mesmo seja inegociável, como o próprio contrato rege.

Nos últimos meses, representantes dos dois países se reuniram algumas vezes para conversar, mas não houve consenso. Contudo, o diretor geral de Itaipu do lado brasileiro, Jorge Samek,  é categórico ao defender a "justiça" do acordo vigente em artigo repassado à imprensa na última segunda-feira (13). "Itaipu surgiu, em parte, para resolver uma crise. Parte da área que foi inundada integrava uma centenária disputa de fronteiras. Mas a partir do que, então, era um problema, Paraguai e Brasil criaram uma entidade que assegura absoluta igualdade de direitos aos dois lados. É unânime entre os visitantes estrangeiros a afirmação de que não existe tratado tão justo quanto o de Itaipu. (…) Nesses 35 anos, os benefícios gerados pelo Tratado de Itaipu são expressivos. A dívida estará integralmente paga em 2023, com recursos obtidos da energia produzida, o que comprova que as bases do tratado são justas e sustentáveis" afirma Samek.

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