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Pesquisadores da Unila e Unioeste desenvolvem telha fotovoltaica

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Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) está trabalhando, de maneira conjunta, no desenvolvimento de uma telha solar fotovoltaica. O projeto está sendo realizado no Centro de Desenvolvimento e Difusão Tecnológico em Energias Renováveis (CDTER), um espaço voltado para a pesquisa e a busca de soluções inovadoras que possam auxiliar no desenvolvimento tecnológico sustentável das indústrias do Oeste do Paraná.

O objetivo dos pesquisadores é desenvolver uma telha de baixo custo, que seja capaz de converter a luz solar em energia elétrica e que seja adaptada às condições climáticas da região. O projeto surgiu da demanda de um empresário do ramo de telhas de concreto da cidade de Cascavel.

“A proposta de nossa pesquisa é desenvolver uma alternativa tecnológica aos sistemas de geração fotovoltaica convencionais de sobreposição ao telhado, desenvolvendo uma telha, de concreto ou polímero, que já possui células fotovoltaicas incorporadas na própria telha. As exigências de durabilidade, proteção e resistência são bastante criteriosas, principalmente porque o produto será usado na região Sul do Brasil, onde são comuns ocorrências de chuvas, ventos fortes e granizo”, explica o professor da Unila Oswaldo Hideo Ando Júnior. A telha que está sendo desenvolvida também será mais leve e terá uma estrutura mais simples do que as já comercializadas.

Desenvolvimento tecnológico

Os estudos para o desenvolvimento da telha fotovoltaica tiveram início em novembro de 2016. Desde então, os professores da Unila e da Unioeste trabalham na concepção de modelos conceituais que são testados pela empresa de Cascavel, para comprovar a viabilidade técnica e industrial do projeto. “Neste momento, ainda não há um produto apto para ser comercializado. A telha encontra-se em fase de desenvolvimento, necessitando ainda de muitas pesquisas e testes para chegar a uma concepção de produto final. Por tratar-se de um trabalho conjunto, caso seja desenvolvido um produto patenteável, deverá haver um rateio dos ganhos entre a Unila, a Unioeste, a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel (Fundetec) e a empresa que irá explorar a telha comercialmente”, salientou Ando Junior.

Segundo o discente Samuel Chagas de Assis, o desenvolvimento da telha agregará às futuras pesquisas que visam à incorporação das energias renováveis na região. “Esse avanço poderá, a curto ou médio prazo, viabilizar uma alternativa tecnológica de baixo custo para aqueles que buscam utilizar energia solar em suas residências. Contudo, a pesquisa instiga a investigação científica e possibilita a nós, discentes, ampliarmos nossos conhecimentos em diversas áreas da ciência e tecnologia, como é o caso do desenvolvimento da telha fotovoltaica”, disse. Por parte da Unila, também colaboram para o projeto o professor Jiam Pires Frigo e o estudante Júlio Cesar Neuman Ortiz.

Além de desenvolver a telha fotovoltaica, o grupo já está trabalhando no planejamento e concepção de outro produto: uma telha com um sistema híbrido que, além de aproveitar a energia solar para geração de energia, terá um sistema térmico para aquecimento de água.

Subsídio científico para a indústria regional

O CDTER está sediado na estrutura da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Cascavel (Fundetec), que cedeu um espaço para a realização das pesquisas e testes. A Fundetec atua como elo entre universidades e indústrias, tentando captar as demandas do empresariado e repassando ao grupo de pesquisadores. No local são oferecidos serviços técnicos, ensaios laboratoriais e capacitação técnica, que objetivam o desenvolvimento sustentável e a inovação tecnológica de organizações do Oeste do Paraná e da Tríplice Fronteira.

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