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Pesquisadores venezuelanos pedalam 6 meses para conhecer Refúgio de Itaipu

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Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Em busca de ideias para construir um centro de triagem de animais silvestres na Venezuela, um grupo de três arquitetos e uma veterinária partiu de bicicleta em uma expedição pela América do Sul. Na viagem, que já dura seis meses e deve ultrapassar mais de 12 mil quilômetros pedalados, um ponto certo de parada, na sexta-feira, 21, foi o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) – amplamente recomendado por outros refúgios e centros de triagens por onde os pesquisadores passaram.

Os venezuelanos acompanharam as explicações técnicas do veterinário Wanderlei de Moraes, da Divisão de Áreas Protegidas, que conduziu os viajantes durante a visita especial.

Para o veterinário, foi uma surpresa receber os profissionais ciclistas: “É a primeira vez que recebemos especialistas buscando conhecer diversos locais para depois poder fazer um centro de recepção de animais. Eu me sinto muito feliz por poder ajudá-los a pensar nesse centro com mais tecnologia e com mais fluxo de trabalho. Para nós foi uma surpresa recebê-los de bicicleta”, destacou Moraes.

O projeto de construção de um Centro de Reinserção Agroecológico se deu a partir da carência que o país possui nas áreas de triagem e reinserção de animais na natureza. Como o Brasil possui grandes exemplos de referência nessa área, o quarteto decidiu percorrer centros de triagem e, um a um, foram sendo redirecionados a outros centros, redefinindo e ampliando a rota original da viagem que, no início, incluía poucos pontos de visita.

De acordo com a veterinária Adriana Cardozo, 23, dos lugares por onde o grupo já passou o RBV “é uma evolução, um passo à frente no tratamento e na reabilitação da fauna silvestre. É um nível mais elevado. Para superá-lo, acho difícil. É um passo acima de tudo que já vimos.”

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Para Hector Melean, 26, o principal “é observar a estrutura dos centros para não fazer um projeto que fique mudando”. Jesus Garcia, 26, e Rosangela Jiménez, 27, completam o trio de arquitetos.

Além da crise instalada na Venezuela, um problema que os pesquisadores enfrentam para tirar o projeto do papel é a falta de investimentos, tanto por parte do governo quanto de iniciativa privada, o que os faz buscar alternativas de construção autossustentável e que não necessite de um elevado financiamento. “Estamos visitando também locais que sejam feitos de bioconstrução, para facilitar os investimentos”, destacou Melean.

A questão ecológica, condições econômicas e a oportunidade de conhecer mais lugares foram a motivação da escolha de fazer a expedição em bicicletas: “Para nós, conhecermos vários centros de triagem iria custar muito. A bicicleta nos permite ir a esses locais sem muitos gastos”, explicou Melean.

Os jovens especialistas também puderam fazer sugestões ao refúgio. “Além de estarem trazendo as experiências em termos de arquitetura e veterinária, eles já passaram por muitos lugares e já estão podendo fazer comparações e sugestões. Então para nós é muito importante fazer esse tipo de intercâmbio”, afirmou Moraes.

Além do RBV, o grupo esteve no Parque das Aves, no sábado, 22, no Refúgio GüiráOga, em Puerto Iguazú, Argentina, no domingo (23), e deve passar ainda pelo Paraguai. A expedição deve encerrar no Ushuaia, Argentina, de onde devem voltar de avião à Venezuela.

Para mais informações sobre o projeto, acesse centrora.com.ve/pb.

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