Enquanto as economias dos países desenvolvidos vão registrar uma taxa negativa em torno de 2%, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná vai registrar um crescimento positivo de 1% neste ano. Os números foram apresentados na sexta-feira (5), pelo diretor-presidente do Ipardes, Carlos Manoel, (foto) durante o Seminário “Crises, Rumos e Verdades”.
Manoel fez um balanço do comportamento da economia paranaense diante da crise internacional. “Apesar de registrarmos uma redução de 4% nas exportações do Paraná, o Estado reagiu bem em comparação com outros estados”, disse.
EMPREGOS – Segundo os dados apresentados pelo diretor-presidente do Ipardes, o Paraná gerou de 2003 a abril deste ano 600 mil empregos. “Isso significa dizer que o Paraná deu cidadania a todos trabalhadores. Com a crise, continua havendo a incorporação do trabalho, mas em um patamar menor. Mesmo assim, foram gerados no primeiro quadrimestre desse ano 22 mil empregos. No país inteiro, o saldo foi de 48 mil”, declarou Manoel .
COMÉRCIO EXTERIOR – Segundo ele, hoje, o Paraná tem na América Latina (Mercosul e Alade), em torno de 25% do seu comércio exterior. “A Argentina é um parceiro fundamental nesse processo e a Venezuela já tem quase 3% do comércio exterior paranaense”, explicou.
PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA – Para Carlos Manoel, as medidas adotadas nos últimos anos pelo governo, principalmente no setor de produção agropecuária, deixaram o estado mais competitivo. “A articulação dos sistemas de transporte, recuperação das rodovias, ações que tornaram o Porto de Paranaguá moderno tornaram o Paraná mais competitivo. Não podemos esquecer também da inserção estratégica do Paraná ao Mercosul, a transformação da Ferroeste em ferrovia pública, o que garante uma forma de regulação de preços e fretes para os produtores agrícolas do Paraná”.
O presidente do Ipardes citou ainda outros programas desenvolvidos pelo governo do Paraná ao longo dos últimos anos, como o Fundo de Aval, que dá garantias para financiamentos agrícolas ao pequeno produtor; Irrigação Noturna, que torna mais barata e com menor risco a produção, focado na garantia do emprego, da renda, qualidade de vida e cidadania.
Na opinião de Carlos Manoel, o governo está no caminho certo e deverá investir ainda mais na manutenção do mercado do trabalho, com investimentos em setores como os Arranjos Produtivos Locais. “Os números apontam que o Estado está no caminho certo”, enfatizou.
