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Piloto de Foz estreia na 500 milhas e termina prova em segundo

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marcio5O piloto de Foz do Iguaçu, Márcio Bortoli, estreou na categoria 500 milhas de Motovelocidade, no último domingo, 12 e terminou a prova em segundo lugar.

A disputa aconteceu em São Paulo, no autódromo de Interlagos. Apesar do ótimo resultado na nova categoria, a prova do iguaçuense foi de superação e recuperação durante todo o trajeto. “Foi louco”, resumiu Bortolini à reportagem do JIE.

Bortolini competia nas 600 cilindradas até o ano passado – quando foi vice-campeão brasileiro na categoria 600 SuperSport ProAM, destinada a pilotos que estão em evolução e não disputam campeonatos internacionais. Em 2016, também disputou as 500 milhas de Interlagos, com o mesmo resultado: o segundo lugar.

A oportunidade de participar das 500 milhas nas 1000cc, a principal divisão da motovelocidade, veio com um convite da equipe Tecfil Racing Team, prontamente aceito. Ele e mais três pilotos (Danilo Lewis, Diego Viveiros e Cesar Barros) se revezaram na moto BMW durante os pouco mais de 800 quilômetros de prova, que durou cerca de seis horas e 187 voltas – um teste e tanto para a resistência física e mental de todos os envolvidos.

Para Márcio e equipe, a jornada foi ainda mais dramática. A moto deles sofreu uma pane no momento de alinhar para a largada e, após o conserto nos boxes, saiu quatro voltas atrás do líder. Não bastasse o infortúnio, com 11 voltas, ainda na última colocação, o pneu dianteiro furou. Mais uma parada inesperada e a necessidade de rever a estratégia – como o tempo de cada piloto na pista e a ordem de substituição. Havia ainda uma outra carta na manga: a longa duração da prova, que, com um bom jogo de equipe e muita perícia dos pilotos, permitia reação. Foi o que aconteceu.

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Bortolini rodou por cerca de 230 km e foi o segundo piloto da equipe com mais quilometragem na pista, domando a moto nas várias ultrapassagens que culminaram com a honrosa segunda colocação – entre 14 equipes participantes. A campeã foi a JC Racing Team. “Foi excelente, melhor do que eu esperava”, ressalta Bortolini. “Fiquei contente porque consegui imprimir um ritmo muito bom.”

Acostumado às 600 cilindradas, o piloto teve pouco tempo para se adaptar a uma moto mais pesada e potente, com um componente novo para ele: o controle eletrônico. “Não é melhor ou pior, mas muito diferente. Na 1000, além de pilotar, tem que se adaptar a toda essa eletrônica. Mas o grande diferencial é mesmo a potência, que é absurda”, explica Bortolini. “O velocímetro chegou a travar aos 299 km/h, algumas vezes, durante a corrida.”

O Campeonato Brasileiro de Motovelocidade deste ano começará em abril. Bortolini aguarda a confirmação de patrocínios para saber se poderá continuar fazendo o que mais gosta: acelerar sobre duas rodas pelas principais pistas do país.

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