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Saúde e turismo marcam primeiro É Gente Nossa! de 2009

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A saúde preventiva que aposta na multidisciplinaridade para manter o corpo e a mente sadios e a medicina curativa oferecida por um dos mais reconhecidos hospitais do Paraná foram alguns dos temas abordados no projeto É Gente Nossa!, desenvolvido pela Associação Comercial e Industrial  de Foz do Iguaçu (ACIFI). O projeto visa promover a integração entre a classe empresarial e oferecer oportunidade de intercâmbio de idéias e negócios, a partir do relato da trajetória comercial de empreendimentos iguaçuenses.

Nesta segunda-feira (30), para a primeira edição do projeto em 2009 foram convidados o diretor administrativo do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, Rogério Soares Bohn; o sócio-proprietário do Recanto Park Hotel, Altino Voltolini; a proprietária do Centro Integrado Open Training, Marilene Leite de Costa; e o representante do Instituto de Tecnologia do Paraná, Ricardo Dias.

A presença do representante da Tecpar, aliás, é a primeira novidade do projeto É Gente Nossa que em abril completará um ano de funcionamento. De acordo com o presidente da ACIFI, a cada edição serão convidados representantes de organizações governamentais e não governamentais, entidades assistenciais e filantrópicas, entre outros, para que os empresários conheçam os projetos dessas áreas.

Ricardo Dias explicou aos presentes o funcionamento de dois programas desenvolvidos pelo Tecpar que possibilitam crédito para o aperfeiçoamento das empresas voltadas ao mercado estrangeiro e a produção de bens de capital.

O Progex – Programa de Apoio Tecnológico à Exportação, por exemplo, oferece uma linha de crédito de R$ 10 mil por empresa, ao ano, para que o aperfeiçoamento do empreendimento, como por exemplo, melhoria na qualidade do produto ou do processo produtivo, redução de custos, entre outros. Segundo Dias, o Progex é voltado à micro e média empresa, e é financiado com recursos do FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, do Governo Federal.

Já o MCT-PETEC – Projeto de Extensão Tecnológica para a Indústria de Bens de Capital, como o próprio nome diz, é dirigido às empresas que produzem artigos voltados às empresas brasileiras ou do exterior.

Para ter acesso ao crédito, o Tecpar faz um diagnóstico sobre a empresa, com custo de R$ 2,5 mil disponibilizado pelo FINEP, e uma contrapartida de R$ 900 da empresa. A partir de então, é desenvolvido o projeto de adequação, onde o FINEP destina R$ 7,5 mil e a empresa, R$ 2,5 mil. Já no MCT-PETEC, a contrapartida para o investimento da empresa é de apenas R$ 2,5 mil. “Por falta de divulgação no meio empresarial, ainda não conseguimos atingir a meta no Paraná”, explicou Dias, lembrando que, com isso, o dinheiro do fundo retorna ao governo federal.

Turismo – Associados e empresários de diversos setores conheceram nesta segunda feira a trajetória do Recanto Park Hotel, relatada por um dos sócios-proprietários e idealizador do empreendimento, Altino Voltolini. Ele explicou que iniciou sua carreira como despachante de trânsito e autoescola. No entanto, em 1984, com a mudança na gestão dos Detrans e Ciretrans, cuja direção era assumida muitas vezes por pessoas sem conhecimento, através de indicação política, ele decidiu mudar de ramo.

Foi numa viagem com a esposa que decidiu fundar um hotel cujo nome idealizado, a princípio, era de Hotel Cabana Recanto dos Pôneis. “Nunca tivemos um pônei lá”, relatou aos risos. O casal saiu em busca de um terreno e quando o projeto ainda tramitava na prefeitura, em 1986, entrou o primeiro dos três sócios que edificaram a rede, integrada também pelo Continental Inn, Camilo Rorato. Em 1989, explicando ao amigo Enio Fritzen (já falecido) que faltava pouco investimento para conclusão da obra, conseguiu o último sócio para o empreendimento.

O hotel foi inaugurado em 1990, com 75 apartamentos, e desde então já passou por diversos processos de ampliação, contando hoje com 156 apartamentos, além de outra ala em fase de construção, com 72 dois apartamentos, e um espaço para o parque aquático com SPA.
Em 1997, os sócios adquiriram o Hotel Continental Inn, aberto em 1999.

Altino Voltolini afirmou que o grupo enfrentou grandes dificuldades no período, como a crise na Argentina que fez despencar o fluxo de hóspedes. A alternativa foi blindar um dos hotéis, o Continental Inn, que ficou voltado ao atendimento de outros mercados. Voltolini enfatizou ainda que o investimento no treinamento e capacitação dos 85 colaboradores do Continental Inn e 135 do Recanto Park Hotel. “O segredo é a qualificação do nosso pessoal”, destacou.

Saúde – Marilene Leite, fundadora da Open Training, foi mais uma convidada da noite. Com formação na área contábil, atuou também no setor de revenda de automóveis. No entanto, seu passado de atleta fez surgir a vontade de apostar no setor de saúde, mas de uma forma integrada, unindo não somente a academia, mas também a atenção de especialistas, como psicólogos para redução de estresse, nutricionistas, para acompanhamento nutricional principalmente em casos onde a atividade física está voltada ao emagrecimento, cardiopatias, etc.; fisioterapeutas e educadores físicos.

Há quatro anos no mercado, a proprietária aposta no diferencial para prosperar no ramo, como o processo de reavaliações constantes, por exemplo. “É preciso ir além da avaliação para iniciar a atividade física; é necessária a constante reavaliação para constatação de resultados que estimula a continuidade do tratamento”, afirmou Marilene. O centro também desenvolve campanhas especiais, sendo a mais atual a voltada ao combate à obesidade infantil. Há ainda plano empresarial, com ginástica laboral, palestras e recreação, visando a saúde dos funcionários como forma, inclusive, de maior rendimento profissional.

Medicina hospitalar – O último palestrante da noite foi o diretor administrativo do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, Rogério Soares Bohn. Ele relatou o início da unidade hospitalar, inaugurada em 1979, para atender a demanda dos cerca de 100 mil funcionários e pessoal terceirizado da Itaipu Binacional. Com a conclusão da obra e a conseqüente redução da demanda, a unidade ficou ociosa. Diante disse, explicou Bohn, em 1994 a unidade passou a ser administrada pela Fundação de Saúde Itaiguapy. Dois anos depois, o hospital passa a atender a comunidade através do SUS – Sistema Único de Saúde.

Hoje, o hospital conta com 29 especialidades médicas e é referência em diversas especialidades clínicas, como oncologia, hemodiálise, hemodinâmica e cardiovascular, entre outros. Desde 2005 é reconhecido como Hospital Amigo da Criança e em agosto de 2007, recebeu o certificado de Acreditação Hospitalar, concedida pela ONA (Organização Nacional da Acreditação), a segunda do interior estado com essa certificação. 

Dentre os dados repassados pelo diretor, um dos mais impressionantes foram os equipamentos modernos e existentes somente em grandes pólos de saúde, como a cintilografia; a prescrição médica eletrônica, que elimina risco de erro de medicação; entre muitos outros. Hoje, a unidade conta com 930 funcionários; 200 médicos e outro contingente significativo empregado em serviços terceirizados.

Dos 200 leitos, 120 são destinados ao SUS e 80 para convênios e particulares.  Segundo o diretor, o hospital realiza em média 10 mil atendimentos ambulatoriais; cinco mil atendimentos de emergência (pronto socorro); 280 partos, sendo 240 pelo SUS; entre outros indicadores. Como é sabido que o SUS repassa entre 40% a 60% do custo real de procedimentos hospitalares, e 65% do atendimento da unidade é destinada ao SUS, o hospital tem como missão investir no equilíbrio financeiro.

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