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Tríplice Fronteira cria sistema para monitorar gripe suína

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Com o apoio do Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT-Saúde), autoridades de Saúde do Brasil, Paraguai e Argentina criaram nesta sexta-feira (8) um sistema único de informação para monitorar casos da gripe A (que ficou conhecida como gripe suína) nas três cidades fronteiriças: Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Puerto Iguazú.

O sistema consiste em uma planilha eletrônica na qual diariamente os responsáveis pelos departamentos de vigilância epidemiológica dos três municípios atualizarão as informações de seus países. No formulário, deverá ser informado o perfil do possível contaminado, com dados pessoais, país de origem e destino, bem como a situação do paciente: suspeito, em monitoramento ou, se confirmada a gripe A, quais os procedimentos adotados.

Segundo Mara Cristina Rípoli, coordenadora do Departamento de Epidemiologia de Foz do Iguaçu, embora não tenha sido registrado nenhum caso suspeito da nova gripe na região, as autoridades estão preparadas. Na opinião dela, devido às características da Tríplice Fronteira, é fundamental promover essa troca de informações entre as cidades limítrofes. “Há um grande fluxo de pessoas nesses municípios e a travessia de uma cidade para outra é muito rápida e fácil, favorecendo o contágio”, disse.

Além da planilha on-line, haverá comunicação telefônica em caso de emergência. Os técnicos trocaram telefones para facilitar o contato.

Know-how – Segundo o coordenador do GT-Saúde pelo lado brasileiro, Joel de Lima, assistente do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, a participação da Itaipu na definição desse sistema é o coroamento de um trabalho iniciado há três anos. “Desde 2006, o grupo colocou na pauta de discussão o tema da influenza”, afirma.

Na época, conforme aponta o coordenador, a preocupação era com a gripe aviária, surgida na Ásia, assunto que continuou em pauta. O GT-Saúde criou inclusive uma subcomissão que organizou e promoveu vários debates internos e eventos regionais sobre a aplicação do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Ou seja, discutiu com base nas determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) métodos comuns a serem aplicados pelos países vizinhos em caso de disseminação de doenças contagiosas.

Devido a essa experiência do GT-Saúde, as autoridades sanitárias dos três países limítrofes solicitaram a Itaipu a articulação de reuniões com o objetivo de criar esse canal rápido de comunicação entre as cidades da região trinacional. “Eles procuraram a Itaipu devido ao know-how adquirido na prevenção e controle do vírus da influenza”, afirmou Joel. 

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