Eu admito: morria de medo das redes sociais. Parece brincadeira, mas eu fui bem reticente em começar a usar o Twitter e o Facebook. “É exposição demais”, pensava. Mas a curiosidade em usar era imensa. A curiosidade venceu o medo.
Comecei a usar o face e o twitter de maneira bem desastrada com posts que me fazem rir até hoje. Logo depois, descobri que as redes sociais eram instrumentos poderosos para disseminar informações. Mais tarde veio a segunda descoberta: além de compartilhar informações, as redes sociais podem ser ferramentas poderosas para o exercício da cidadania.
Lá pelo ano de 2012, eu pensava comigo mesmo: afinal de contas, por que ninguém em Foz pensa em fazer um twitaço de protesto para exigir mais viadutos para atravessarmos com mais segurança e menos estresse a BR-277?
Lancei a ideia.
Ninguém topou organizar o protesto. Decidi que eu mesmo iria fazer isso. Marquei uma data e convidei os internautas. Cheguei a achar que ninguém iria topar e que o evento não ia dar em nada. Estava errado. O evento foi um sucesso. Chegamos nos trending topics nacionais com a hashtag (palavra-chave) #viadutosfoz.
Os internautas de Foz, de cidades próximas e até de outras localidades do Brasil deram uma força importante para que o viaduto da Av. Paraná fosse construído. De lá para cá, o movimento #ViadutosFoz permanece vivo e atuante, realizando uma série de ações nas redes sociais. Cabe lembrar que o Clickfoz sempre foi parceiro em tudo isso desde o início.
Qual a moral da história? É simples. A internet é uma ferramenta para a expressão coletiva da cidadania. Detalhe: não estou falando apenas das redes sociais; os sites para petições também são importantes nesse contexto. Aliás, a petição que está em www.change.org/viadutosfoz é mais uma ação de cidadania, dessa vez reivindicando a construção do viaduto da Av. Costa e Silva com a BR-277.
E você, prezado leitor? Já experimentou usar a internet e as redes sociais para manifestar a cidadania de maneira digna? Pense seriamente sobre este assunto.
Ivo Valente é professor de psicologia na UNIAMÉRICA e no CESUFOZ.
