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É preciso pensar no turismo como uma plataforma

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Não há como negar que o turismo é o que move Foz do Iguaçu. Só em 2017, cerca de 1 milhão e meio de turistas estiveram na cidade. Atualmente, a Terra das Cataratas está entre os destinos mais procurados no Brasil pelos turistas. Seja por seus atrativos, pela facilidade de conhecer dois países em uma única viagem, pela gastronomia argentina ou por poder fazer compras no Paraguai.

Mas, será que aproveitamos bem a vinda do turistas? A cidade está bem estruturada para recebê-los? O que poderíamos melhorar para que a experiência do viajante seja ainda melhor?

O jornalista Jackson Lima, especialista na editoria, foi o convidado do Clickfoz para explanar sobre o tema. Para ele, é preciso descentralizar o turismo, para que consumidor aproveite a cidade ao máximo.

“Foz do Iguaçu poderia estar muito melhor no setor turístico, porque ela é uma das poucas cidades do Brasil que funciona o ano inteiro. O setor não impacta os preços dos produtos na cidade, como acontece em praias, por exemplo. Por isso, nós temos uma capacidade bem acima do que estamos explorando.

Eu vejo que aqui nós não dividimos os tipos de turismo que existem para serem explorados, oferecemos o mesmo para todo mundo. Em outros países, ele é muito bem segmentado. Todos os anos, o Brasil recebe cerca de 600 mil americanos e apenas 26 mil deles visitam a nossa cidade. Precisamos de um trabalho para fazer com que estes turistas que estão no país, cheguem até Foz.

Também temos que debater outra questão: o que tem para fazer em Foz depois que este turista já está aqui? Poderíamos ter praças e bosques revitalizados. Foz precisa aprender a se valorizar como cidade. Temos universidades, ambientes e atrativos, mas não estamos sabendo vender. Uma ideia é identificar cada “coisinha” que a gente tem com placas. “Aqui, funcionou o primeiro hotel, aqui morou tal pessoa, aqui passou Santos Dumont”, isso agrega na experiência do viajante.

Outro exemplo é aquela estátua de São Francisco, no Morumbi, ela está acabada. A Av. Mário Filho, onde está a imagem, chegou a entrar no corredor turístico da cidade, mas o projeto não teve continuidade. É preciso criar uma experiência melhor na cidade, tanto para moradores, quanto para viajantes descentralizando o turismo.

Também precisamos mostrar ao visitante que Foz não se resume apenas às Cataratas. Muitos turistas chegam até aqui sem saber que há uma cidade. Já encontrei turistas inglesas saindo do aeroporto que ficaram impressionadas ao verem universidades, prédios e toda a estrutura da cidade.

O City Tour é um ótimo exemplo de turismo de experiência que tem em Foz hoje. Outras pessoas precisam fazer isso de acordo com as suas ideias. É preciso pensar no turismo como uma plataforma”.

* Jackson Lima é jornalista especialista em turismo em Foz do Iguaçu.

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