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Requião abre Congresso de emissoras de rádio do Paraná em Foz do Iguaçu

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Everson Bressan-AENotícias
Requião durante a abertura do 20º Congresso Paranaense de Rádio e Televisão: "A democracia está vinculada à multiplicidade dos meios de comunicação"

O governador Roberto Requião abriu no domingo (9) o 20.º Congresso de Rádio e Televisão, promovido pela Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp) em Foz do Iguaçu. No evento, Requião lembrou a renovação de convênio entre Aerp e Copel que concede descontos na conta de energia elétrica às emissoras que veiculam informes de interesse público da empresa pública de energia.

“A democracia está vinculada à multiplicidade dos meios de comunicação. Este Congresso tem predominância de pequenas rádios do interior que, pelo número, não entram em redes, que são dominadas pelo capital. Elas exercitam a liberdade de opinião. É por isso que mantemos este programa de incentivo através da Copel”, disse Requião.

Criado há mais de vinte anos, o convênio se estende às 244 emissoras de rádio filiadas à Aerp. Os descontos mensais são calculados de acordo com a potência dos transmissores. Emissoras com transmissores de até 500 watts têm descontos de R$ 300; até mil watts, R$ 600; até 3 mil watts, R$ 1.200; até 10 mil watts, R$ 1.640; e superior a 10 mil watts, R$ 2.330.

Em contrapartida, as rádios veiculam informes de prestação de serviço ou anúncios institucionais da Copel, como campanhas de prevenção a acidentes e avisos de desligamento. “Este é um convênio de mão dupla, porque a Copel passa a ter inserções diárias, com grande capilaridade, e o radiodifusor passa a ter uma receita adicional”, disse o secretário-geral da Aerp, Márcio Vilella, que estava representando o presidente, Cezar Telles. O convênio é válido até junho de 2010.

CONGRESSO – Até terça-feira (11), o Congresso de Rádio e Televisão promove palestras e debates com especialistas nacionais e estrangeiros. Paralelamente, a Aerp realiza a Feira Nacional de Equipamentos. Um dos temas levantados por Requião é o que ele chamou de “moralismo de oportunidade”, quando “as críticas surgem conforme os esquemas econômicos necessitam da desmoralização de um ou outro quadro político.”

“Este moralismo só pode ser combatido, enquanto está nas grandes redes de opinião, pela multiplicidade inteligente e crítica, principalmente das milhares de estações de rádio do Brasil. Ninguém compra este sistema. É evidente que as pequenas rádios estão sujeitas a interesses locais, todos somos passíveis de pressões, mas a multiplicidade garante imunidade as grandes pressões nacionais e capital”, disse o governador.

De acordo com o secretário-geral da Aerp, Márcio Vilella, o Congresso vai discutir problemas da radiodifusão, como legalização e emissoras clandestinas, rádio digital e cenários macroeconômicos.

O consultor norte-americano Gerardo Tabio, especialista em rádio e presidente do Creative Resources Group, abre a programação da segunda-feira (10) com a palestra “E agora, Marconi?”, tema do evento, que homenageia o inventor da radiodifusão, Gugielmo Marconi.

Em seguida, fala o especialista em gestão de empresas familiares Rogério Tsukamoto, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. O consultor em comportamento organizacional El Kouba também faz palestra.

A terça-feira (11) é destinada aos debates sobre Legalidade e Rádio Digital, com a participação de Evandro Guimarães (Rede Globo), Marcelo Bechara (Ministério das Comunicações), Roberto Lang (presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Paraná), Edilberto de Paula Ribeiro (presidente da Associação de Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo), Ronald Barbosa (Abert), João Eduardo Ferreira da Silva (MTA) e Paulo Bornhausen (deputado federal pelo DEM de Santa Catarina).

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