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Pesquisa da Unila pode ajudar a reduzir marcadores inflamatórios em celíacos

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O mestre em Biociências pela Unila e docente da Uniamérica, Allysson Costa, pesquisou, para sua dissertação de mestrado, a relação entre o exercício físico e a suplementação com óleo de peixe na redução de marcadores inflamatórios. O estudo investigou a doença celíaca, que consiste em “uma resposta inflamatória ao consumo do glúten, um grupo de proteínas presente no trigo, centeio e cevada, e que compõe uma infinidade de alimentos”. Essa intolerância alimentar “pode ocasionar lesões no intestino, impedindo uma absorção satisfatória de nutrientes, o que pode resultar em baixa estatura, redução de peso, redução de massa muscular, anemia por deficiência de ferro, baixos níveis de vitaminas e fadiga muscular”. Isso sem mencionar os sintomas gastrointestinais acarretados pelo consumo do glúten.

A pesquisa, orientada pelo professor Gleisson Brito, contou com o apoio da Associação de Celíacos de Foz do Iguaçu (Acelfoz), que ajudou na busca por voluntários. Os critérios de inclusão eram o diagnóstico de doença celíaca, a dieta livre de glúten e a disponibilidade para a realização dos exames laboratoriais de controle, além da prática regular de exercícios físicos e do consumo de ômega 3 – sendo que, esses dois últimos, juntos, apresentam propriedades anti-inflamatórias. “Nesse contexto, o nosso trabalho teve por objetivo verificar se um programa de exercício físico aeróbico associado à suplementação com óleo de peixe poderiam reduzir marcadores inflamatórios em celíacos. Ao término da nossa pesquisa, percebemos que houve uma redução dos marcadores inflamatórios (proteína c-reativa e interleucina 6) nas amostras, sugerindo que a intervenção tem potencial corretivo e preventivo em relação a distúrbios associados à inflamação crônica”, explica Costa, que é coordenador do curso de Educação Física da Uniamérica. Mas o professor ressalta que isso não elimina a intolerância ao glúten.

Foto: Assessoria Unila

O estudo não trata da descoberta de uma cura para a doença celíaca, mas apontou que, ao associar óleo de peixe com exercício aeróbico regular, as respostas inflamatórias – que nos celíacos podem causar outros problemas – foram potencialmente reduzidas. O pesquisador explica que, para o portador desse distúrbio alimentar, “quadros inflamatórios constantes podem estar relacionados ao surgimento de outras doenças crônicas” e que, por enquanto, o único tratamento disponível para a doença celíaca é a exclusão total do glúten da dieta alimentar.“Entretanto, mesmo com a dieta isenta, alguns indivíduos ainda apresentam quadros inflamatórios alterados” – e foram esses os problemas que obtiveram uma boa resposta com o protocolo escolhido.

Para Allysson, “o investimento em pesquisas é extremamente importante, pois mesmo as pesquisas básicas, ainda em fase inicial, têm a mesma relevância científica das demais, uma vez que permitem que novas descobertas sejam realizadas. Estas [descobertas], por sua vez, poderão trazer outros benefícios para a sociedade”. Embora a cura da doença celíaca ainda não tenha sido encontrada, o estudo na Unila poderá servir de inspiração e instrumentalização para que outros pesquisadores possam chegar à cura definitiva.

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