Previous slide
Next slide

Público lota Praça da Paz para acompanhar “Cão sem Plumas”

Previous slide
Next slide
Foto: Kiko Sierich/ PTI)

Uma multidão tomou conta da Praça da Paz na noite deste domingo, 13, para acompanhar “Cão sem Plumas”, uma superprodução de dança da Cia Débora Colker. A obra prima, uma das mais aclamadas da atualidade no país e no cenário internacional, transformou em movimento, imagem e som o poema de João Cabral de Mello Neto.

A atração, com entrada franca, é resultado da parceria entre Prefeitura de Foz do Iguaçu, Fundação Cultural e Parque Tecnológico Itaipu.

A apresentação, que mistura cinema e dança, também repercutiu nas redes sociais. “Há 15 anos que vivo em Foz do Iguaçu e pela primeira vez derramei lágrimas por ver cultura de primeiro mundo sendo exibida em praça pública, ao acesso gratuito da população. No dia em que há 130 anos ocorria a abolição da escravatura, a frase do poeta dos escravos, Castro Alves, nunca foi tão verdadeira”, comentou o servidor público Waldson Almeida Dias.

O espetáculo vibrante traduziu o poema de João Cabral de Mello Neto, publicado em 1950, que acompanha o percurso do rio Capibaribe, e corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de força invencível e anônima. 

A imagem do “Cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.

A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis foram projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando a  coreógrafa, o cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife.

Previous slide
Next slide