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Dermatologistas alertam população sobre os riscos do câncer de pele

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Moradores de Foz do Iguaçu tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e fazer uma avaliação com médicos dermatologistas da rede municipal de saúde. O mutirão realizado no sábado, 26, atraiu cerca de 200 pessoas. As consultas do Dia C de Combate ao Câncer de Pele foram no Poliambulatório Nossa Senhora Aparecida, no Porto Meira. A maior parte dos pacientes relatou preocupação com pintas, manchas ou pequenas feridas. Casos suspeitos foram encaminhados para a realização de exames complementares, entre eles a biópsia.

Os participantes assistiram a uma palestra e aprenderam que, mesmo em dias nublados, a radiação está presente e pode provocar danos a pele. “Se você estiver à sombra, perto de um lago, os raios solares vão bater na água e serão refletidos e aborvidos pela pele”, alertou a dermatologista Mariana Piccinin. Os raios ultraviolenta (UV) emitidos pelo sol são o UVA, UVB e UVC, este último considerado o mais perigoso, porém é filtrado pela camada de ozônio antes de chegar a superfície terrestre. Os outros causam vermelhidão, manchas, envelhecimento, rugas, flacidez e câncer.

A exposição aos raios solares é importante para a absorção de cálcio, que fortalece os ossos, mas deve ser moderada e em horários de menor radiação. “O período das 10h às 15h deve ser evitado porque nesse intervalo temos a maior incidência de raios que induzem o câncer de pele”, alertou o médico André Guimarães, também dermatologista do município. “O filtro solar é a melhor forma de prevenção, e deve ser utilizado todos os dias, independente da estação”, advertiu.

A primeira paciente a ser avaliada foi a dona de casa Maria de Fátima Alves da Hora, de 48 anos. Ela buscou atendimento porque observou o crescimento de algumas manchas e verrugas nos braços, nas costas e na barriga. “O médico me tranquilizou, disse que os sinais não são graves, mas pediu um exame mais apurado para descartar qualquer possibilidade de câncer”, disse. “Aparentemente são lesões benignas, mas somente a biópsia vai confirmar o diagnóstico”, explicou Guimarães.

Dados do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, referência regional em oncologia, mostram que em 2012 e 2013 foram atendidas 537 pessoas, sendo 245 mulheres e 292 homens. “A pele é o maior órgão do corpo humano, e o câncer de pele corresponde a 30% de todos os tipos de tumores”, lembrou a médica Mariana.

O mutirão realizado em Foz faz parte da campanha nacional da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e contou com apoio da Uniamérica e Secretaria Municipal da Saúde (SMSA). “Vivemos em uma região de altas temperaturas e essa ação faz um alerta para a população se proteger da radiação solar, como meio de prevenir a doença”, afirmou o secretário municipal da Saúde, André di Buriasco. Os atendimentos realizados no Poliambulatório antecipam o Dezembro Laranja, mês de combate ao câncer de pele.

TIPOS DE CÂNCER DE PELE

Os especialistas dividiram a doença em dois tipos. O melanoma é o menos frequente, mas o mais perigoso. Apresenta alto potencial para metástase (propagação do tumor para outras áreas ou orgãos) e pode levar à morte. Em geral, tem a aparência de uma pinta ou sinal, em tons enegrecidos que mudam de cor, formato, tamanho e podem sangrar. As chances de cura são de 90% quando há diagnóstico precoce.

O tipo não melanoma possui duas formas. O Carcinoma Basocelular é o mais frequente e provoca lesão na camada mais profunda da epiderme. Surge em regiões como a face, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Já o Carcinoma Espinocelular está relacionado ao dano solar crônico, ou seja, o acúmulo de radiação ultravioleta ao longo da vida. Pode gerar metástase e é mais comum em homens.

FATORES DE RISCO

Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu, maior é o risco de câncer de pele. A exposição ao sol é o principal fator para o desenvolvimento da doença. Mas há outras características que devem ser observadas. Indivíduos com pele e olhos claros, loiros e ruivos, e que se queimam com facilidade, têm três vezes mais chances de desenvolver o câncer de pele porque tem menos melanina, pigmento que protege dos raios UV. Pessoas que tiveram câncer de pele na família também devem redobrar a atenção.

SINAIS E SINTOMAS

Para facilitar o diagnóstico do câncer de pele, os dermatologistas utilizam uma regra batizada de escala ABCD. Eles observam a assimetria (A), bordas irregulares (B), cor (C) e diâmetro (D). Também são sintomas as manchas que cocam, ardem, escama ou sangram; sinais e pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; feridas que não cicatrizam em quatro semanas; e mudanças na textura da pele ou o aparecimento de dores.

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