Cerca de 100 empresários de diversos segmentos da economia da cidade se reuniram no dia 11 com o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, encontro promovido pela Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (ACIFI). No painel “Perspectivas para Foz: Por que investir em nossa cidade?”, o prefeito pôde expor dezenas de ações consideradas prioritárias pelo seu governo, como por exemplo, a segurança através da inserção do município no PRONASCI, e a habitação.
Durante quase duas horas, o prefeito expôs os avanços nos setores de saúde e educação, e destacou que, em função de uma conjuntura de fatores, a cidade hoje detém maior credibilidade e reconhecimento principalmente nas esferas federais.
Antes do painel com os empresários, o prefeito reuniu-se com a diretoria da ACIFI onde foram repassadas reivindicações da classe empresarial. Como a revisão do processo para liberação de alvarás para novas empresas. Os diretores da ACIFI explicaram que em outras cidades, com processos menos burocratizados, é possível a emissão do documento em 24 horas. O prefeito pediu que a ACIFI indicasse um representante para estudar formas de agilizar o processo.
Paulo Ghisi também nomeou o secretário de Planejamento, Wadis Benvenutti, para atuar na comissão da ACIFI para implantação da UNILA – Universidade de Integração Latino-Americana. A comissão será montada para acompanhar os trabalhos de implantação da universidade, os impactos na economia e na estrutura da cidade. Com isso, atende a necessidade de maior participação da comunidade iguaçuense no processo de instalação da instituição.
A questão da informalidade na cidade, uma demanda recorrente da classe empresarial, também foi levantada pela Vice-presidente Administrativa, Elizângela de Paula Kuhn. “A ACIFI é muito cobrada pelos associados sobre a falta de fiscalização para coibir a atuação de empresas informais”, assegurou. Conforme Paulo Ghisi, num levantamento anterior foram constatados pelo menos três mil empresas informais. A partir de então, segundo ele, a prefeitura desencadeou processos para incentivar que elas entrassem na formalidade. Cerca de mil foram formalizadas, acrescentou o prefeito.
O prefeito também foi convidado a assinar, juntamente com empresas e entidades de onze municípios da Região Oeste, o acordo de resultados para implantação da Sociedade de Garantia de Crédito, ação que visa facilitar acesso ao crédito para micro e pequenos empresários da região.
Itaipu – O prefeito afirmou que a cidade vive uma mudança de conceito e firmou uma imagem de credibilidade. Ele mencionou, entre outros fatores para essa mudança, os investimentos da Itaipu. “O PTI foi um passo incrível para o futuro, um caminho para o desenvolvimento”, acentuou o prefeito, destacando que uma das novas industrias a se instalar no Distrito Industrial está saindo da incubadora do PTI, com soluções para lâmpadas de sinalização de trânsito que oferece uma economia considerável em custos.
“Foi em função dessa nova realidade de Foz que o presidente Lula determinou que a Unila fosse instalada aqui”, assegurou o prefeito. Para ele, somado a outros projetos como o IFET e a Universidade Aberta do Brasil, a Unila promoverá o desenvolvimento de Foz do Iguaçu. “Dos 10 mil alunos que a Unila atenderá, pelo menos sete mil serão de fora. Terão que arrumar casa para morar, movimentarão a economia. Temos que estar atentos para o impacto que ela vai gerar”, observou.
Rodovia – O prefeito também destacou os obstáculos enfrentados, como a morosidade na obtenção de licença ambiental no Distrito Industrial, a falta de um canal de negociação com a direção da antiga concessionária que explora a BR 277, no sentido de providenciar obras urgentes que vão desde a duplicação da rodovia no trecho Medianeira a Cascavel.
O presidente da ACIFI, Rodiney José Alamini lembrou que a duplicação é uma bandeira da ACIFI, ora retomada em conjunto com a Caciopar. “Mantivemos encontros com a concessionária e constatamos que se não houver uma pressão da sociedade, a obra só será realizada em 2017”, afirmou.
Paulo falou ainda da esperança renovada com o cancelamento da licitação da duplicação da Rodovia das Cataratas, após anos de indefinição. “Agora, com a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União), se as empresas não questionarem na Justiça, o Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) poderá fazer nova licitação”, revelou.
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