Previous slide
Next slide

A gente não sabe programar uma reforma

Previous slide
Next slide




Desde quinta-feira, 15, a Ponte Internacional da Amizade começou a operar em meia pista.

Pois bem iguaçuenses, técnicos do DNIT e órgãos competentes de Foz do Iguaçu, favor seguir o meu raciocínio:

– Ciudad del Este é um dos principais atrativos de turistas para a região trinacional.
– Estamos na metade de janeiro.
– Na metade da alta temporada.
– Os hotéis estão lotados.
– Esta alta temporada termina no final do mês, mas volta em meados de fevereiro, por causa do Carnaval.

Sei muito bem que uma reforma causa transtornos e nós temos que respeitar. Porém há formas de amenizar à população e principalmente aos turistas, responsáveis por movimentar o maior setor econômico de Foz do Iguaçu.
 

Querida DNIT, será que não é possível realizar os trabalhos alternadamente ao horário de pico? Por exemplo, à partir das 15h. Ou mesmo depois do meio dia. Assim, aconselharíamos os turistas a irem para o Paraguai no primeiro horário do dia.

Vocês anunciaram que os veículos pesados entrariam no Paraguai a partir das 20h e retornariam para o Brasil depois da 1h. Mas fui hoje de manhã na Ponte e verifiquei muitos caminhões na fila. O que aconteceu? Impossível atravessar de carro com caminhão na pista.

Em países desenvolvidos observamos um planejamento gigantesco em reformas de estruturas para não comprometer o desenvolvimento comercial. Não podemos nos inspirar nas boas práticas que acontecem lá fora? Se não pode ser feito a noite por questões de CLT e etc, não poderíamos começar esta reforma em fevereiro ou quando diminui os turistas em Foz?

Ainda observamos que a comunicação entre os setores de Foz do Iguaçu é falha demais! Será que as instituições que reúnem os competentes em turismo não tem nenhum poder de lobby para levar estes dados para o conhecimento do DNIT?

Não sou contra a reforma, muito pelo contrário. Mas será que não conseguimos nos organizar melhor para amenizar os prejuízos?

Em uma cidade turística deveria correr o zelo e respeito pelos turistas na veia de cada morador. Tudo deveria ser pensado em tornar a cidade cada vez mais atrativa para que o motor propulsor de sua economia fique cada vez mais forte. A Ponte reformada será um atrativo com certeza, mas a sua reforma deveria ser realizada com um maior planejamento.


 

* Garon Piceli é editor do portal Clickfoz. Siga no Twitter: @garonpiceli

   

 

Previous slide
Next slide