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Centenas em busca da felicidade

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O salão do livro transbordou de felicidade. Trocadilhos a parte, o número de pessoas presentes na palestra foi quase o dobro do esperado. De acordo com o diretor da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, a expectativa era para 400 pessoas, por isso até foram instalados alguns telões pela feira com cadeiras para o público se acomodar, mas mesmo assim faltou espaço. Apenas durante a palestra de Domenico de Masi mais de 700 pessoas disputavam um bom lugar para assistir ao renomado sociólogo falar sobre felicidade. Tema de seu novo livro em parceria com o fotógrafo Oliveiro Toscani.

O Auditório 1 que suporta 200, estava completamente lotado, havia pessoas sentadas por quase todo o tablado, além de profissionais da imprensa que se espremiam em cantinhos – para não atrapalhar o público – com suas câmeras e microfones. Em frente ao auditório, centenas de cadeiras, e algumas pessoas ainda aproveitaram um tapete improvisado para sentar no chão. Já no auditório 3 (por ficar um pouco ‘escondido’) o movimento não foi tão intenso e até sobrou espaço, mas a ideia era que ele fosse usado para outra atividade simultânea.

Sem cobrar cachê e visivelmente encantado com a cidade, De Masi, juntamente com o renomado Toscani, teceram comentários sobre a busca da felicidade. “Mas primeiro vamos começar falando da infelicidade, que é o que o ser humano está procurando!”, exclamou o sociólogo italiano.

Atrapalhado várias vezes pela tradução e por alguns comentários do prefeito – que fez questão de sentar ao lado do fotografo – Di Masi começou a palestra apresentando um filme sobre a história da arte e da guerra, um reflexo da felicidade mundial. “Antes precisamos saber se o homem é levado à felicidade ou a infelicidade. Na maioria do tempo ele está infeliz e se contenda com isso”.

Mundialmente conhecido pelo livro "O ócio criativo" (2000) e posteriormente ovacionado com o apocalíptico "Futuro do trabalho" (2003), Domenico esteve em Foz do Iguaçu apresentando seu novo trabalho, "A Felicidade" lançado editado recentemente no Brasil pela editora O Globo.

Ao lado de retratos abstratos de um universo colorido, o livro trás pensamentos aleatórios sobre a humanidade e a história da felicidade. “Os romanos acreditavam no carpe die, que é curtir o momento. Os gregos na felicidade serena e os católicos creem na felicidade depois da morte. Tudo é muito subjetivo, mas para alguns isso tem significado e é isso o que importa”, contou Domenico.

Para Oliveiro a felicidade não corresponde a beleza abstrata, “é quase físico, a verdadeira felicidade está na pessoa que aceita o que é, cada ser humano é único”. Disse.

Por fim, os italianos fizeram duras críticas ao sistema midiático atual. “Necessitamos viver independente do sistema”.

Intelectual – Como sociólogo, Domênico de Masi não aborda temas populares ou que normalmente são de interesse de grandes massas, o fenômeno de sua palestra em Foz do Iguaçu acabou preocupando a organização do evento. "Vamos ter que mexer na estrutura para receber a palestra do Erasmo Carlos", afirmou Juca.

Espaço – Segundo ele, em 2013 o Salão do Livro terá que ser completamente repensado, o público está crescendo e a estrutura se apequenou. "Teremos que pensar em um novo modelo, em uma nova estratégia, essa estrutura que temos hoje não será suficiente", disse.

Popular  – Para quem pretende assistir à palestra de Erasmo Carlos na quinta-feira (10), a dica é chegar cedo, pois a expectativa é que tenha ainda mais público. A Fundação Cultural vai dispor mais telões espalhados pela feira com cadeiras para que as pessoas possam se acomodar, mas quem quiser ver o ídolo de perto vai ter que garantir uma das 200 disputadas cadeiras do Auditório 1.

 

 

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