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Comunidade da Unila faz marcha em favor da paridade

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Na manhã desta terça-feira, 25, estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), fizeram um manifesto na região norte de Foz do Iguaçu, em defesa da continuidade de uma política paritária dentro da instituição. O sistema paritário visa democratizar as universidades,  fazendo com que cada uma das três categorias tenham 33% de representatividade no Conselho Universitário da entidade.

Com faixas, cartazes, apitos e bandeiras de vários países, o grupo saiu da moradia estudantil, localizada na Avenida Tancredo Neves e marchou até a sede administrativa da instituição, que fica na Avenida Silvio Américo Sasdelli, na Vila "A".

O manifesto é contra uma Ação Civil do Ministério Público Federal, que tem por objetivo alterar o regimento geral da Unila. O processo foi deflagrado pelo MP após uma denúncia de 120 docentes da própria universidade, que alega que a categoria não tem poder de decisão dentro do Consun e que o sistema paritário não está de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Na ação, estes docentes pedem que a Universidade volte a adotar o modelo antigo em que os professores tinham 70% dos votos e que estudantes, técnico-administrativos e comunidade externa dividam os outros 30%.

"Estamos participando desta marcha para defender a paridade, ou seja, a mesma quantidade de representantes com voto no Conselho Universitário. O que nós queremos é um governo equitativo, nenhuma categoria é superior a outra. As decisões tomadas dentro do CONSUR, afetam todos os setores, por isso, nada mais justo que eles tenham a mesma representatividade",  argumentou uma das representantes dos acadêmicos dentro do Conselho, Sofia Masi.

Em contrapartida a denúncia, representantes das três esferas se juntaram para fazer uma outra petição, recolheram assinaturas e entraram com uma Reconvenção junto aos autos. "Esta é uma luta integrada. Estamos reivindicando a autonomia universitária, que é um direito constitucional. Em menos de uma dia, conseguimos mobilizar quase 550 assinaturas. Foram 262 de estudantes, 184 técnicos e 79 professores que se posicionaram contra esta atitude antidemocrática de acionar o poder judiciário para fazer esta intervenção externa", disse o técnico-administrativo Erico Massoli.

A professora Kira Pereira que é contra a denúncia dos colegas de classe, fez questão de participar da passeata."Corre-se o risco de que todas as decisões que o Consun tomou até hoje no sistema paritário sejam anuladas. Sabíamos da ação, mas, nunca pensei que tantos professores iriam aderir a este movimento. Estes 120 não são a Unila. Eles são uma parte da Unila e existe toda uma comunidade que precisa ser respeitada", finalizou a docente.

Uma ação paralela foi organizada no site avaaz.org. Quem quiser ajudar, pode entrar no link e assinar a petição online. Os organizadores almejam recolher 1500 assinaturas. Até o fechamento desta reportagem, 438 pessoas haviam assinado.

 
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