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Educadores da rede estadual realizam paralisação na terça

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Professores, pedagogos e agentes educacionais da rede estadual de ensino realizam paralisação na próxima terça-feira, 30, durante o Dia de Luto e de Luta em Defesa da Educação. Em Foz do Iguaçu, o ato público acontece na Praça do Mitre, a partir das 9 horas. A mobilização relembra a repressão contra os educadores do Paraná ocorrida em 30 de agosto de 1988 e reivindica o cumprimento da pauta da categoria.

Além do ato público, a APP-Sindicato/Foz promoverá atividades nas cidades da micorregião Oeste, com debates, diálogos com a comunidade e distribuição de materiais informativos. A ação reunirá educadores concentrados em quatro polos municipais, abrangendo Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu; Medianeira e Serranópolis do Iguaçu; São Miguel do Iguaçu, Missal e Itaipulândia; Matelândia e Ramilândia.

Os trabalhadores da educação que integram o Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu também participarão da mobilização estadual que acontece em Curitiba. O sindicato fretou um ônibus para o transporte da categoria, seguindo a deliberação da assembleia, que definiu o fortalecimento do ato estadual. Na Capital do Estado, são esperados milhares de servidores na Praça Santos Andrade, que marcharão até a sede do Governo do Paraná.

O presidente da APP-Sindicato/Foz, Fabiano Severino, explica que o ato em 30 de agosto tem um caráter mais amplo, devido ao estado de greve da categoria à conjuntura de ataques contra os direitos trabalhistas, que partem dos governos. “É um movimento de memória contra todos os episódios de violência sofrida pela categoria, mas também de cobrança. Só em benefícios, o governo do Paraná deve cerca de 300 milhões aos educadores”, expõe Severino.

“As categorias profissionais devem resistir para preservar direitos. Os governos federal e estadual estão unidos para retirar o que foi conquistado por trabalhadores da iniciativa pública e privada”, diz Fabiano Severino. “Congelamento dos salários, corte de programas sociais, privatização dos serviços públicos, fim da lei trabalhista e aumento da idade para a aposentadoria. Tudo está na mira dos governos”, pondera o presidente da APP-Sindicato/Foz.

Pauta – Os educadores do Paraná possuem uma extensa lista de reivindicações que não estão sendo cumpridas pelo governo estadual. A pauta envolve direitos trabalhistas, a efetivação de programas educacionais e investimentos na escola pública. Para o sindicato, esse conjunto de medidas resultaria na valorização dos profissionais da educação e na elevação da qualidade do ensino ofertado para os adolescentes e jovens paranaenses.

“Exigimos contratação de servidores para melhorar as condições de trabalho e acabar com a superlotação nas salas de aula. Queremos investimentos na infraestrutura das escolas e não reformas paliativas. Pleiteamos recursos para a manutenção de programas para complementar o ensino”, enumera Fabiano Severino. “Não abrimos mão do piso salarial e denunciamos os atrasos no envio e a baixa qualidade da merenda servida pelo governo”, complementa Severino.

História – Em 30 de agosto de 1988, o então governador Álvaro Dias ordenou uma brutal repressão aos educadores paranaenses em greve, reunidos no Centro Cívico. A categoria pedia investimentos na escola pública e aumento salarial. A ordem violenta do governo, que determinou o uso de tropas a cavalo, agressões com cassetetes e bombas, deixou centenas de servidores feridos. Desde então, o dia 30 de agosto tornou-se uma data histórica, de memória, reflexão e luta.

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