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Projeto da Itaipu ganha o primeiro lugar no Benchmarking 2015

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A Itaipu Binacional é novamente destaque no ranking das melhores práticas socioambientais do país. A empresa obteve o primeiro lugar no Prêmio Benchmarking 2015, com o programa Mais Peixes em Nossas Águas, uma das iniciativas do Cultivando Água Boa (CAB).

A usina concorreu com outras 28 organizações previamente qualificadas para o ranking, entre elas a Petrobras, Ambev, Sabesp e Cargill. A banca de especialistas que analisa os cases não teve acesso ao nome das empresas. Apenas os projetos é que foram considerados.

A gerente da Divisão de Reservatório (MARR.CD), Carla Canzi, e o engenheiro de aquicultura Celso Buglione Neto (também da MARR.CD), um dos responsáveis pela assistência técnica aos pescadores atendidos pelo programa, receberam o prêmio em São Paulo, na última quinta-feira, 02, no auditório do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Para Carla, a premiação reconhece e valoriza um projeto que contempla os três pilares da sustentabilidade: o social (pelo foco na inclusão de segmentos vulneráveis), o econômico (pela implementação de uma atividade produtiva e geradora de renda) e o ambiental (pelo estímulo à conservação dos estoques pesqueiros e pelos cuidados ambientais da atividade). “O premio nos deu muito orgulho, pois refletiu o esforço e empenho de toda a equipe da MARR.CD, onde todos colocam muita paixão no que estão realizando”, afirmou a gerente.

O diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, comemorou a conquista, lembrando que o país vive um momento histórico de valorização da produção pesqueira. “Pela quantidade de águas que o país possui, proporcionalmente, somos um dos países que menos produz peixes. Mas o Brasil está despertando para mais essa forma de produção de proteína e estão sendo criadas políticas públicas específicas”, disse Friedrich. “Daí a importância desse prêmio, um prêmio que pertence a toda à equipe e também às colônias de pescadores atendidas”, acrescentou.

O programa – Com o Mais Peixes em Nossas Águas, a Itaipu beneficia famílias de pescadores artesanais, que passam a atuar como criadores de peixes, com uma renda mais estável, sem depender da pesca extrativa. O programa também contribui para diminuir o esforço de pesca e a preservar a biodiversidade no reservatório da Itaipu.

Uma das principais estratégias do programa está no cultivo de pacu (espécie típica da região) em tanques-rede. Atualmente, o programa beneficia cerca de 850 pescadores associados (são 10 entidades de classe, sendo seis colônias e quatro associações profissionais) e 153 famílias de indígenas. Ao todo, são 811 tanques-rede espalhados por 63 pontos-de-pesca licenciados junto aos órgãos ambientais.

A produção anual é de 140 toneladas de pescado, que representa 10% da produção atual do reservatório, com geração de renda declarada de R$ 750,00 por tanque-rede/ano. Mas a expectativa é que esse modelo possa alcançar uma produção de até 4.600 toneladas de peixes/ano, dentro das áreas já estabelecidas pelo zoneamento ambiental e que equivalem a menos de 0,01% da lâmina d’água do reservatório.

Estevão Martins de Souza, presidente da Associação dos Pescadores e Piscicultores de Foz do Iguaçu, conta que, graças ao programa, deixou de ser apenas um pescador e se tornou aquicultor.

Com a mudança, viu sua renda familiar melhorar bastante nos últimos anos, além da garantia de ter peixe durante quase todo o ano. Segundo ele, com a criação de pacus em 60 tanques-rede, que podem ser manejados por um único aquicultor, é possível obter uma renda de R$ 1.200,00, já descontados os custos de produção.

“É um projeto que nos ajuda e nos leva a aprender, nos ensina uma nova forma de pensar. Somos gratos de fazer parte de tudo isso”, falou Estevão.

O programa Cultivando Água Boa e suas ações já se destacaram em diversas edições do Benchmarking Ambiental Brasileiro: em 2014, o programa Coleta Solidária ficou entre as 20 melhores práticas socioambientais brasileiras; em 2013, o programa Sustentabilidade de Comunidades Indígenas ficou em segundo; em 2012, o CAB ficou em primeiro lugar no ranking Benchmarking da década, comemorando 10 anos do prêmio; em 2011, o programa Desenvolvimento Rural Sustentável ficou em primeiro lugar, posição que também foi conquistada pelo CAB em 2007.

O prêmio – Esta foi a 13ª edição do Benchmarking. Foram 28 cases de organizações certificadas para o Ranking 2015; 10 projetos de inovações verdes incluindo cinco aplicativos de controle hídrico, desenvolvidos por alunos de cursos técnicos de escolas profissionalizantes e de cursos de TI das universidades; 10 obras de arte sustentável foram expostas, duas personalidades homenageadas e um livro de gestão, BenchMais3, foi lançado.

Em 13 edições já realizadas, o Programa Benchmarking Brasil se consolidou como um dos mais respeitados Selos de Sustentabilidade do país. Com uma metodologia estruturada, reconhecida pela ABNT, e participação de especialistas de vários países, o Ranking Benchmarking define e reconhece os detentores das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil.

O programa, além do ranking, congrega outras ações de fomento a sustentabilidade como publicações, banco digital de livre acesso, encontros técnicos, feiras e congressos, entre outros.

Confira, abaixo a classificação final do ranking na edição 2015

1º     Itaipu Binacional (PR)     Mais Peixes em Nossas Águas
2º     Cargill Agrícola (SP)     Pomarola Mais Sustentável
3º     Triunfo-Transbrasiliana (SP)     Multiplicadores em Educação Ambiental
4º     Abbott (RJ)     Compostagem de Resíduos
5º     Fundação Alphaville (SP)     Programa Jovem Sustentável
6º     Ambev (SP)     Ação Coletiva para Preservar Água
7º     SABESP (SP)     Gestão da Escassez de Água
8º     ArcelorMittal Tubarão (ES)     Plano Diretor de Águas
9º     Petrobras (RJ)     Gestão Energética Predial
10º     Dana (RS)     A Reciclagem de Borracha na Dana

 
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