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Sobre a Ponte da Amizade: ali é terra de ninguém

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Não é possível que em 2014, aproximadamente dez anos após a grande reforma que o governo brasileiro fez na aduana, a Ponte Internacional da Amizade continue como se fosse terra de ninguém.

O clima de insegurança é notório entre turistas e locais. As pessoas correm com medo de serem assaltadas. Os motoristas fecham os vidros e trancam as portas. Tudo isso para atravessarem entre duas áreas que são protegidas pelas seguintes forças: Polícia Federal brasileira, Exercíto brasileiro (em épocas esporádicas de operações), Exército paraguaio e Policia Nacional paraguaia.

São as 4 das maiores forças policiais de ambos países, mas que infelizmente ficam congeladas em 50 metros das respectivas aduanas. Deixando totalmente às moscas o 1,5 km da Ponte da Amizade. A área fica totalmente descoberta de policiamento e vigilância.

Foto: Rafael Guimarães
Além da insegurança o descaso com o local é visível

É fácil passar por ali e alguém te oferecer drogas ou até mesmo ver pessoas consumindo e cometendo ilícitos, jogando caixas de contrabando dos parapeitos, por exemplo. Eu já presenciei alguns pequenos furtos, onde as próprias pessoas que estão atravessando a ponte à pé correm para deter o ladrãozinho.

A movimentação é grande sim, mas não é uma desculpa para não ter policiamento. Pela presença das forças citadas, poderia ser um dos lugares mais seguros do Brasil e do Paraguai.

Nesta quarta-feira, vigésimo quinto dia do mês de junho de 2014, duas meninas se jogaram da Ponte. Um sentimento horrível que deixa na gente um sentimento de incapacidade. Talvez se tivéssemos mais patrulhamento policial e um sentimento grande de segurança, poderia ter inibido essas garotas de cometerem tal atrocidade. Além, claro, de repreender muitos outros crimes, dando conforto para nós usuários e para os turistas.
 

Foto: Divulgação CODEFOZ
Não adianta só reformar, o policiamento precisa ser ampliado para a população se sentir segura

 
Reforma: Existe um projeto de revitalização da Ponte que foi apresentada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz (CODEFOZ). Que vai fazer um ano em agosto que foi entregue ao Departamento Nacional de Infraeestrutura de Transportes (DNIT). O projeto arquitetônico consiste em uma ampla reforma estrutural que abrange pintura, iluminação e paisagismo. As obras devem custar aproximadamente R$ 6 milhões. Mas até hoje não saiu do papel.
 


 

* Garon Piceli é editor do portal Clickfoz, coordenador do Iguassu Social Media e organizador do clube de humor Foz é uma Comédia Siga no Twitter: @garonpiceli

  

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