A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) realizará, no próximo ano, dois processos seletivos para ingresso de novos estudantes. No primeiro, serão ofertadas 450 vagas para o segundo semestre de 2013, nos cursos de Antropologia, Ciências Econômicas, Ciência Política e Sociologia, Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar, Geografia, História, Relações Internacionais e Integração, Saúde Coletiva, e Letras, Artes e Mediação Cultural.
Do total de vagas, 50% são destinadas para estudantes brasileiros e 50% para estudantes de outros países da América Latina. Atualmente a UNILA conta com estudantes de 10 diferentes países. Para a próxima seleção a meta é ampliar a participação de países da América Central, que até o momento conta apenas com representantes de El Salvador. A seleção de alunos brasileiros continuará sendo feita com base na nota do ENEM. Porém, a Universidade está se preparando para aderir ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que permitirá mais visibilidade e abrangência para estudantes de todo o país, além de adequação à Lei de Cotas, aprovada recentemente.
O planejamento e organização da seleção serão realizados pela Comissão de Processo Seletivo, em fase de nomeação. O pró-reitor de Graduação, Marcos Xavier, adianta que esse primeiro processo seletivo será realizado no início do primeiro semestre de 2013. “A proposta é aprimorar o processo de seleção dos alunos, particularmente dos demais países da América Latina, e permitir que os estudantes cheguem em Foz do Iguaçu antes do início do semestre letivo, previsto para o mês de setembro, para que possam ter aulas prévias de espanhol e português e se ambientarem à cidade", diz.
Para os demais cursos – Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciências da Natureza, Engenharia Civil de Infraestrutura, Engenharia de Energias Renováveis, Cinema, e Música – os alunos serão selecionados no segundo semestre de 2013, para que também possam chegar com antecedência e serem preparados para iniciarem seus cursos no primeiro semestre de 2014.
As mudanças na dinâmica de ingresso de estudantes se deram em função de particularidades da Universidade, que inclui a complexidade na seleção de alunos estrangeiros e realização de concurso de docentes, além de adequação de infraestrutura interna. De acordo com o reitor Hélgio Trindade, o Ministério da Educação apoia a decisão da UNILA de realizar o processo seletivo de forma mais apropriada às suas especificidades. “Entendendo que somos uma Universidade com necessidades particulares em função da natureza de sua estrutura e considerando a autonomia universitária, o Ministério nos deixou muito à vontade para, neste momento, readequarmos o processo seletivo em prol da qualidade de ensino”, declarou.
