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Onça pintada morre atropelada dentro do Parque Nacional do Iguaçu

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O Parque nacional do Iguaçu que rotineiramente é manchete na mídia nacional e internacional pela exuberância de suas paisagens neste sábado (28) chamou a atenção da imprensa por um motivo nada honroso. Durante a madrugada ou no amanhecer, uma onça pintada foi atropelada na BR 469, dentro do Parque Nacional do Iguaçu. Segundo o médico veterinário do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Raphael Xavier, o animal pesa entre 60 e 80 quilos e é um macho adulto jovem (já em idade reprodutora).

O animal foi encontrado por volta das 9h já morto, cerca de 2 quilômetros da recepção do passeio do Macuco Safari. Funcionários da concessionária Cataratas do Iguaçu S.A. foram os primeiros a perceber a presença do animal próximo a rodovia. Eles acionaram o ICMBio, órgão gestor do PNI, que encaminhou sua equipe ao local para recolher a onça atropelada. “Pelos ferimentos do animal e pelo impacto provavelmente foi atingido por um carro de médio a grande porte e que estava acima da velocidade permitida dentro do Parque”, destaca Xavier. O médico-veterinário conta ainda que, ante de fugir, o responsável pelo atropelamento arrastou a onça pintada até a área de grama ao lado da rodovia.

Penalidade – Como não há testemunhas do acidente, todos os motoristas que trafegaram no Parque Nacional do Iguaçu na madrugada de sábado serão chamados para esclarecimentos. Caso o responsável seja identificado, conforme determinada a legislação de crimes ambientais, a penalidade pode ser multa e até prisão. Além disso, a administração do PNI também pode punir o motorista até com a proibição de conduzir qualquer veículo dentro do Parque.

Risco de extinção – A onça pintada (nome científico Panthera onça) é o maior mamífero carnívoro do Brasil. De hábitos noturnos e solitários, chega a percorrer 50 quilômetros por dia. É um dos animais ameaçados de extinção e é o símbolo do Parque Nacional do Iguaçu. “É muito triste você ver um animal como esse, em plena idade reprodutiva, ser morto de uma forma tão banal (por desrespeito ao limite de velocidade dentro da Unidade de Conservação), ainda mais se pensarmos na população cada vez menor das onças pintadas”, desabafa Mariele Mucciatto, bióloga que atua na Escola Parque, entidade de educação ambiental que atua dentro do PNI.

Após o atropelamento, o motorista arrastou o animal para a área lateral da rodovia

Ferimentos na cabeça demonstram o impacto da batida

O animal atropelado é macho e pesa entre 60 e 80 quilos

Raphael Xavier, médico-veterinário, registrando o animal atropelado
 

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