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Alta do dólar deve atrair mais visitantes a Foz do Iguaçu

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É praticamente unanimidade entre os economistas: o dólar vai continuar acima dos três reais talvez por muito tempo. O que é ruim para alguns setores da economia pode ser bom para o turismo interno. E Foz do Iguaçu, um dos principais destinos turísticos do Brasil, deve ser diretamente beneficiado.

Foto: Arquivo
Parque Nacional do Iguaçu é o principal cartão-postal de Foz do Iguaçu

Além de ter atrativos de interesse internacional, como as Cataratas do Iguaçu, a Usina de Itaipu e o Parque das Aves, Foz do Iguaçu tem um dos mais baixos valores médios por hospedagem do país.

O último levantamento da Hoteis.com – o Hotel Price Index -, de 2014, mostra que o valor médio da hospedagem, em Foz, foi de apenas R$ 231, abaixo de Fortaleza (CE), com 319; São Paulo (SP), com R$ 305; Salvador (BA), com R$ 278; Florianópolis (SC), com R$ 258; e Belo Horizonte (MG), com R$ 250.
 

Foto: Arquivo
No complexo Dreamland, os turistas podem conhecer o Museu de Cera (à cima), além do Maravilhas do Mundo e do Vale dos Dinossauros

O valor também é muito inferior à média registrada em Gramado (RS), de R$ 375; e até de um dos principais destinos do interior de São Paulo, Campinas, que teve média de R$ 292 em 2014. Ainda para comparar, o Rio de Janeiro ficou com valor médio de hospedagem de R$ 500 no ano passado.

Opções – Em Foz do Iguaçu, o que não faltam são opções para os visitantes. A cidade possui 176 meios de hospedagem, que oferecem 27,5 mil leitos, conforme a versão 2014 do inventário da Secretaria Municipal de Turismo de Foz.
  

Foto: Arquivo
 
Este é um pouco do cardápio que o turista encontrará em um dos hotéis mais tradicionais da cidade, o Bella Italia

Os preços também são variados. Há desde hotéis na categoria econômica, com diárias inferiores a R$ 80, até hotéis de luxo, com diárias superiores a R$ 371. Entre os preços intermediários estão à categoria turística (diárias entre R$ 81 a R$ 160) e a categoria superior (entre R$ 161 e R$ 370), de acordo com o inventário.

Intenção de viajar – A pesquisa Sondagem do Consumidor, divulgada pelo Ministério do Turismo na semana passada, mostrou que a intenção do brasileiro de viajar pelo país aumentou de 67,8% em fevereiro de 2014 para 73,2% este ano.
 

Foto: Arquivo
Parque das Aves também é um dos atrativos de Foz que não pode deixar de estar no roteiro

E essa tendência deve aumentar, porque muita gente que queria viajar para o exterior, mas ainda não programou a viagem, está desestimulada pelo aumento na cotação do dólar, que desestimula até os sacoleiros que viajavam para fazer compras em Miami (EUA).

“Foz do Iguaçu é o destino mais internacional do Brasil e a melhor opção para os milhões de brasileiros que têm viajado ao exterior nos últimos anos, mas deixarão de fazê-lo com dólar valorizado”, afirma o empresário Marcelo Valente, da área de hotelaria de Foz do Iguaçu.

Compras – Quem vem a Foz do Iguaçu ainda tem oportunidade de fazer compras na vizinha Ciudad del Este, no Paraguai, onde uma boa pesquisa nas lojas certamente vai garantir a compra de produtos importados a preços bem mais em conta que no mercado brasileiro.
 

Foto: Arquivo
Itaipu também é um dos atrativos mais visitados da cidade

Em Puerto Iguazú, na Argentina, as melhores opções de compras são vinhos e produtos como azeite e queijo, produzidos no país vizinho. No Dutty Free, instalado logo depois da ponte que liga o Brasil à Argentina, também há boas opções de produtos importados.

A dica, ali, é comprar em pesos (que podem ser adquiridos em casas de câmbio de Foz). Como a cotação do peso é mantida artificialmente alta em relação ao dólar, traz uma vantagem de aproximadamente 30% em relação a fazer a compra em reais (ou em dólares adquiridos no Brasil).

Estrangeiros – Embora já seja um dos destinos brasileiros mais procurados pelos turistas internacionais, a cotação do dólar, até o final de 2014, havia reduzido a procura por Foz do Iguaçu. A tendência é que esta situação comece a mudar a partir de agora, com o câmbio mais favorável para os estrangeiros.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares (Sindhotéis), Carlos Silva, lembra que a temporada internacional de viagens começa a partir de agosto, mas já em maio ou junho será possível saber como se comportará o turista proveniente da Europa e América do Norte.

 
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