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Arteriosclerose Urbana

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Por todo o Brasil, a mobilidade urbana é um problema crônico. O aumento no número de veículos foi absurdamente superior as intervenções viárias e hoje temos um visível gargalo no trânsito e nos fluxos. Foz do Iguaçu, mesmo sendo uma cidade média, já apresenta graves problemas que, para serem resolvidos, necessitam de vontade política, investimentos vultosos e, principalmente, criatividade.

Temos, em nossa cidade, um Sistema de Transporte baseado no velho modelo de ônibus e linhas. Eles está defasado há alguns anos e não há nada que só possa fazer para melhorar a situação a não ser uma substituição total da forma e da estrutura de transporte em Foz do Iguaçu.

Tal mudança passa pela separação dos ônibus e dos carros (pistas exclusivas) nas principais vias e pela mudança no modelo de embarque e desembarque. Neste caso, uma alternativa viável seria a implantação de três linhas de BRT (Bus Rapid Transport), que, apesar de superdimensionado para a demanda, evitaria sustos à cidade quando tivermos a Unila concluída, utilizando a velha máxima da prevenção.

Passa, também, pela utilização de outros modelos de transporte, como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), já com projeto prévio em análise no Ministério das Cidades, o Sistema Integrado de Ciclovias e a adequação dos espaços para pedestres.

Devemos pensar, também, em uma cidade agradável aos fluxos saudáveis, o que inclui o lazer e o esporte, com vias especiais para caminhada, skate, patins, longs, etc. Essas vias, são fundamentais para o visual urbano e para o lazer da população e devem ser instaladas não só em pontos dos corredores turísticos, mas também nos bairros, espaços públicos abandonados e áreas degradadas. O histórico de intervenções urbanas pelo Brasil mostra que, se o Poder Pública dá o espaço, o cidadão o ocupa e, quando bem projetado às necessidades, o cuida.

Dessa forma, pensar uma cidade é pensar em um ser orgânico, visando a sustentabilidade. Entender isso é um dos pilares (tripés) da boa gestão. Os outros, são: a captação de recursos financeiros e a ética na aplicação do dinheiro público.
 

 

 


 

 

 * Luiz Henrique Dias é escritor, gestor público e comunista (convicto). Eles é a favor da tese que uma cidade precisa ser planejada dentro de uma visão global de país. Pois, se este vai bem, ela precisa estar preparada para dar infraestrutura aos cidadãos. Leia mais em luizhenriquedias.com.br ou siga eles no twitter: @luizhfoz

 

  A opinião emitida nesta coluna não representa necessariamente o posicionamento deste veículo de comunicação

 

 

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