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As eleições suplementares têm muito a nos ensinar (PARTE 1)

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A primeira grande lição é a de que a mentira e difamação estão em baixa. O povo não mais concorda com propagandas pautadas em ataques baixos e, nestas eleições, quem tinha seus votos diminuídos e sua rejeição aumentada era quem insistia nos ataques, o tiro sempre saía pela culatra. Esta lição se reflete substancialmente no seguinte fato: a utilização destas artimanhas ultrapassadas foi um dos motivos para que a onda do “novo e apolítico” (em ascensão nacionalmente) não tenha se tornado um fenômeno aqui na cidade.

Um rapaz jovem com um discurso sinfonicamente audível à maioria das pessoas que buscam a renovação deste falho sistema democrático. Já no “primeiro turno” (final de 2016), a “renovação” coloca um ancião da política local, ex-prefeito Dobrandino, na propaganda televisionada para falar mal de outro ancião, o então candidato e também ex-prefeito Paulo Mac Donald. Mostrava, então, dois resquícios de velha política: 1 – dar credibilidade a um representante da velha política; 2 – utilização de ataques pessoais, ou seja, de velhas e ultrapassadas práticas. Era tudo aquilo que, na tentativa de se mostrar como “o novo”, não se poderia cometer. Mas ele reavaliou essa estratégia a tempo e conseguiu uma votação surpreendente no primeiro pleito.

No “segundo turno”, suas alianças com diversos setores da política, na minha avaliação, não foram erradas. Sem hipocrisia, todos sabemos que os apoios de diversos segmentos e partidos são naturais do processo político no qual estamos inseridos. O erro do “novo” não está aí, mas está em retomar a estratégia de tentar desqualificar o adversário e insistir no ataque, nas mentiras e na manipulação de dados. São os sintomas da sede pelo poder e de uma visão de curto prazo que coloca tudo ou nada em uma só eleição. Se quiser, o então candidato, projetar-se politicamente sem continuar sendo um “museu de grandes novidades” deve reavaliar e fazer um balanço autocrítico profundo desta experiência recente.

A segunda grande lição é a de que grande parte da população está cansada e desacreditada da política. E isto tem muito a ver com dois fatores especialmente municipais: quatro anos de Reni Pereira; e 58 mil votos em Paulo Mac Donald jogados fora. Sobre isso discorreremos na “Parte 2”, em breve. Nos aguarde!

Adnan El Sayed é formado em economia pela UFPR e Mestre em Desenvolvimento Econômico pela UFRGS.

O texto é de inteiramente responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial do Portal Clickfoz.

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