Previous slide
Next slide

Atleta de futsal morto em Guarapuava, deu os primeiros chutes em Foz do Iguaçu

Previous slide
Next slide

Foto: Divulgação
Robson, 23, iniciou a carreira no Floresta Clube, em Foz do Iguaçu, com passagens por Mezomo, Flamengo e Asserpi

Um jovem jogador, natural de Foz do Iguaçu e que iniciou sua carreira no futsal, na escolinha do extinto Floresta Clube, aos quatro anos de idade. Esse é o perfil de Robson Rocha Costa, atleta de 23 anos (faria 24 em 2010) e que atualmente jogava pelo Guarapuava Futsal. Robson faleceu na manhã deste domingo (7), ao se machucar em um lance da partida realizada no sábado (6), contra o Palmeiras Jundiaí, pela Copa Guarapuava 200 anos.

Logo no começo de jogo, quando Robson deu um carrinho, uma viga da quadra de madeira do ginásio Joaquim Prestes, em Guarapuava, soltou-se e perfurou a perna do jogador, atingindo também alguns órgãos. O atleta foi levado, ainda consciente, ao hospital São Vicente de Paulo, passou por cirurgia, mas não resistiu à hemorragia e morreu por volta das 7h de domingo. O ginásio foi interditado após incidente.

Início de carreira – Robson começou a jogar futsal aos quatro anos, na quadra do extinto Floresta Clube, na Vila A, em Foz do Iguaçu. Seu primeiro professor foi Emanuel dos Santos, o Mané, como é conhecido.  Jogou também em outros clubes de Foz como o Flamengo, Mezomo, Asserpi e Sport & Mania.

“Como pessoa, foi um dos atletas mais educado, disciplinado e líder, com quem já trabalhei. Suas características eram de um jogador muito aguerrido dentro de quadra, chutava muito bem com os dois pés, cabeceava bem, enfim, era um jogador completo”, afirma Emanuel dos Santos, treinador de Robson por muitos anos.

Robson foi embora de Foz do Iguaçu quando ainda tinha idade para atuar nos times juvenis da cidade. Atuou pelo São Miguel Futsal, Marechal, Japão e depois Guarapuava. O atleta deveria retornar ao Japão em 2011.

O ala Anderson Andrade, do Foz Adeafi, dez anos mais velho que o jovem jogador, falou do que esperava o futuro de Robson. “Era um menino com muita projeção no cenário internacional. Ele treinou com o Baiano nas categorias de base do São Miguel, antes de partir para o Japão. Com certeza tinha um brilhante futuro pela frente. Eu conversei com o preparador físico do Guarapuava e ele disse que o Robson estava treinando há 30 dias e que estava indo muito bem nos treinamentos”, diz o ala.

Ídolo da torcida iguaçuense, Anderson lamentou o fato. “Realmente é uma fatalidade pra gente, pra quem é ligado com o esporte. Não me lembro de ter visto algo parecido assim em toda minha carreira. A quadra do ginásio Joaquim Prestes é boa, o que surpreende ainda mais no fato de como ocorreu o acidente”, revela Anderson. Robson foi enterrado nesta segunda-feira (8) no cemitério São João Batista, em Foz do Iguaçu. Jogadores e membros da comissão técnica do Guarapuava estiveram presentes ao funeral.

Quadra – A quadra do ginásio Joaquim Prestes possuía um laudo, emitido pela Defesa Civil em janeiro e que permitia a prática desportiva no local. A confirmação foi da Secretaria de Esportes e Recreação da cidade. Ainda de acordo com a Secretaria, a quadra é avaliada semestralmente e não há histórico de ferimentos de atletas ou torcedores por danos da estrutura.

O Campeonato Paranaense de Futsal, que começa no sábado (13), poderá ser adiado, segundo a Federação Paranaense de Futebol de Salão.

Previous slide
Next slide