A seleção brasileira, sob o comando do técnico Dunga, está cada vez mais se consolidando, ganhando formato e tendo as características do treinador gaúcho, capitão do tetra em 1994.
Neste domingo (28) no Ellis Park, em Joanesburgo na África do Sul, palco da Copa do Mundo de 2010, o Brasil mostrou uma maturidade que já vem acontecendo nos últimos jogos. Soube manter a calma, controlar-se e atacar nos momentos certos. No final, vitória brasileira por 3 a 2, de virada e o terceiro título da Copa das Confederações – os outros foram em 1997 e 2005.
O jogo – O gol norteamericano saiu muito cedo, logo aos dez minutos de jogo. Após o lançamento pra Dempsey, o atleta deu um leve toque na bola, apenas para tirar da trajetória do goleiro Julio César. E deu certo, abrindo o placar para o time do Tio Sam. O Brasil quis empatar logo em seguida. E o empate poderia ter vindo com Robinho. Após bom passe de Kaká, Robinho entrou livre pela esquerda e bateu pro gol, mas o goleiro Howard defendeu.
Com a vantagem no placar, os EUA se postavam muito bem na defesa, cortando todos os cruzamentos feitos pelo Brasil. E num lance de erro no ataque, cometido pelo lateral direito Maicon, originou o contra-ataque do segundo gol dos americanos. Donovan saiu em velocidade e tocou para Davies. Este devolveu para Donovan, que driblou Ramires e tocou no canto esquerdo de Julio César, fazendo dois a zero.
Gol relâmpago – No segundo tempo o gol relâmpago deu novas esperanças ao Brasil. Maicon tocou para Luis Fabia. O atacante do Sevilha fez um bonito giro e chutou forte para diminuir o placar aos 40 segundos do segundo tempo. O Brasil passou a se impor dentro de campo e atacava a todo instante. Aos 12 minutos, Lúcio cabeceou para boa defesa de Howard. Logo em seguida, o lance mais polêmico da partida.
Cruzamento da esquerda, Kaká cabeceou e Howard tirou a bola de dentro do gol, mas o árbitro Martin Hansson, da Suécia, não marcou o tento que poderia empatar o jogo. Menos mal que ele acabou não fazendo falta. Os americanos continuavam pressionando, e por pouco não fizeram o terceiro. Em duas oportunidades o goleiro brasileiro Julio César defendeu.
Empate e consagração – A dupla Kaká e Robinho fez a jogada do empate aos 29 minutos. O novo jogador do Real Madrid fez jogada pela esquerda e rolou para o camisa 11, livre da grande área, acertar o travessão. No rebote, mais uma vez Luis Fabiano, de cabeça, empatou a partida, marcando seu quinto gol e sendo artilheiro isolado da Copa das Confederações.
A partida foi decidida pelo zagueiro e capitão Lúcio. Na cobrança de escanteio feita por Elano, o zagueirão subiu mais que toda a zaga norteamericana e “fuzilou” o gol de Howard, tocando ainda na trave direita antes de entrar. Após o gol, o choro do capitão que teria a oportunidade de erguer uma taça com a camisa do Brasil pela primeira vez em sua carreira.
Ao final do jogo e da festa por mais um título da Copa das Confederações, o Lúcio ainda recebeu pela seleção o troféu de equipe “Fair Play”. Kaká foi o melhor jogador do torneio, Luís Fabiano, além de artilheiro, foi o segundo melhor. O golerio Howard, dos EUA foi eleito o melhor da competição.
Para os mais pessimistas, o título pode não ser um bom sinal, já que nas duas outras oportunidades em que conquistou o caneco da Copa das Confederações, acabou perdendo a Copa do Mundo no ano seguinte. Esperamos que desta vez isso não aconteça…
