
Em um claro sinal da retomada do crescimento econômico, Foz do Iguaçu registrou, nos dois primeiros meses do ano, o melhor saldo positivo na criação de postos de trabalho formais desde 2014. Só em janeiro e fevereiro foram criadas praticamente a mesma quantidade de vagas formais do que em todo o ano passado. É o que apontam os dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na última sexta-feira, 23 de fevereiro.
Segundo os dados divulgados, no primeiro bimestre deste ano, Foz do Iguaçu totalizou um saldo positivo de 429 novas carteiras assinadas. Foram admitidas 4.770 pessoas e ocorreram 4.341 desligamentos neste período. O número é o maior dos últimos quatro anos. No primeiro bimestre de 2015, o número de contratações superou o de demissões em 243 postos de trabalho. No ano seguinte, durante o mesmo período, houve uma queda para 148 novas carteiras assinadas e nos dois primeiros meses de 2017, o saldo foi de apenas 14 vagas.
O desempenho nos dois primeiros meses deste ano também se aproxima ao verificado em todo o período do ano passado. Em doze meses de 2017, o saldo na geração de postos de trabalho foi de 453 vagas. Só em janeiro e fevereiro de 2018 totalizaram 429 novos empregos.
“Podemos afirmar, categoricamente, pelos dados do Caged, que a economia da cidade começou a deslanchar. Há uma reação em curso, impulsionada pelo setor de serviços, liderado pelo turismo, e também pela retomada das obras da construção civil. Expectativa é que haja um maior avanço do comércio neste mês de março, que inclui a Semana da Páscoa. Indústria ainda vai levar de dois a três meses para apresentar bons resultados, até que possamos liberar as concessões das novas áreas do distrito industrial. Ao que tudo indica, 2018 vai se confirmar como o ano do desenvolvimento e da geração de empregos”, acredita o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla.

Serviços
Se levar em conta os meses de janeiro e fevereiro, o setor que mais empregou foi o de serviços – que engloba 6.646 estabelecimentos e 30.815 empregos formais – com saldo positivo de 426 admissões. A construção civil vem em seguida com um saldo positivo de 95 efetivações entre contratações e desligamentos. Outros segmentos avaliados pelo Caged seguiram uma tendência estadual e apresentaram saldo negativo, o que impediu um maior avanço da média de contratações na cidade.
Otimismo
Piolla lembra que os números do Caged mostram uma recuperação do setor da construção civil. Este ano o setor deve se recuperar, sob o argumento das obras que estão previstas. Dentre elas, destaca: Mercado Público da antiga Cobal, asfaltamento da Vila C, repaginação do terminal do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, construção do viaduto da Avenida Costa e Silva, início das obras de duplicação da Rodovia das Cataratas, construção do Centro de Distribuição do Super Muffato, abertura de novos hotéis e, ainda, o lançamento dos editais do Distrito Industrial, entre outras iniciativas. Isso sem contar a retomada das obras paralisadas em virtude da Operação Pecúlio.
Piolla destacou ainda o impacto positivo causado pelas medidas adotadas pela gestão do prefeito Chico Brasileiro para colocar as finanças da Prefeitura em ordem e disse que a cidade vive uma grande expectativa em relação aos resultados que podem ser gerados com a agenda de desenvolvimento local, que inclui: a nova legislação para estimular a captação de eventos; a aprovação da Lei da Inovação e da Tecnologia; o fomento ao crédito para micro e pequenas empresas e também MEI´s, com aval de empréstimo da Garantioeste; a Lei da Microcervejaria; as mudanças nos códigos das atividades econômicas no zoneamento urbano, os códigos CNAE´s; e a liberação dos alvarás para novas construções, dentre outras.
“Precisamos avançar ainda na desburocratização de alvarás e licenças, mas em breve teremos novidades”, conclui Piolla.