Previous slide
Next slide

Cidade: primeiro as pessoas e depois as árvores

Previous slide
Next slide


Acredito que nossa cidade precisa abrir um debate profundo sobre a arborização urbana.

Foz do Iguaçu é uma lugar quente, muito quente. Assim, quanto mais arborizada for, mais sombra, melhor para nós. O grande problema é: durante anos, pouco se fez quanto ao planejamento de nossa cobertura vegetal e, hoje, basta um vento um pouco mais forte para os estragos serem percebidos por toda a cidade.

Uma saída – e já dissemos isso aqui -, em outra oportunidade, seria um levantamento de todas as árvores plantadas no perímetro urbano de Foz do Iguaçu, em um projeto coordenado por biólogos, urbanistas, paisagistas e engenheiros, começando pelo Centro e, aos poucos, se estendendo para os bairros.
 

Muitas cidades, menores e maiores que a nossa, já fazem esse trabalho.

O levantamento, ao final, serviria como um inventário, um catálogo, para orientar uma segunda etapa: a retirada de árvores condenadas ou inadequadas ao espaço e o plantio de espécies mais aptas ao convívio urbano; além de permitir um trabalho de poda programada, diminuindo, assim, o risco de acidentes.

Ainda, tal levantamento poderia nos ajudar a resolver graves entraves, como o dano às calçadas na República Argentina, entre a Paraná e a JK, e a questão do canteiro da Avenida JK, entre o TTU e a José Maria de Brito, uma das áreas de sombra mais mal aproveitadas de Foz. Neste caso, já apresentamos aqui a proposta de uma pista exclusiva para ônibus em troca de outro ponto de arborização, com maior fluxo de pessoas.

Por fim, lembrar que uma cidade é um espaço construído por pessoas e para pessoas. Assim, as políticas devem ser fundadas na assistência adequada aos moradores, seja no planejamento do Transporte Público, na mudança de regras para carros e caminhões e na forma como convivemos com a natureza. Em uma cidade inteligente, as árvores não devem cair sobre as pessoas. Nunca. E a Foz que queremos deve ser uma cidade inteligente.

 

 


 

 * Luiz Henrique Dias é dramaturgo, estudante de Arquitetura e Urbanismo e Iguaçuense. Ele escreve para o Clickfoz todas as quartas, debatendo a cidade e o homem. Siga ele no Twitter: @LuizHDias

 

 

Previous slide
Next slide