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Cinema Paradiso Paranaense

 

 

Foto: Garon Piceli
Acir  Kochmanski com suas duas últimas produções

 

ParticipeSérie Nanbiquara e Sebo Cultural sorteiam livro de Moacyr Scliar

 

Quem assistiu ao clássico italiano de Giuseppe Tornattore, Cinema Paradizo, com certeza se apaixonou pelo pequeno Totó, garotinho louco por cinema. A nossa história de hoje em #Nanbiquara lembra muito este roteiro dos anos 1990. Sir. Acir Kochmanski é completamente fascinado por cinema desde os cinco anos, quando assistiu ao filme Sansão e Dalila. Ainda pequeno, morava perto do cinema, e fazia questão de esperar que os funcionários jogassem fora os pedaços censurados de filme para poder juntá-los. Começou assim sua “coleção de filmes”, juntando as cenas montou sua própria película.

Os pais não gostavam muito da idéia de ter um filho cineasta, na adolescência o mandaram para Curitiba estudar no curso Técnico de Mecânica, mal sabiam que lá ele conseguiria montar seu próprio projetor. Com a ajuda de um professor torneiro mecânico, Acir foi juntando as peças necessárias e fabricou um projetor caseiro. Ao voltar para Campo Mourão construiu um cinema com 250 lugares. Este foi o primeiro de muitos. Acir montou cinemas e em quase todo o Paraná, e até hoje presta assistência técnica. Segundo ele, o fascínio está na magia de projetar o filme.

Passado um tempo Acir se casou com Maria, teve cinco filhos e três netos. Porém, nunca abandonou o cinema, segundo ele teve “altos, baixos e bem baixos”, mas sempre contou com o apoio da família. Teve uma distribuidora de filmes e sua primeira participação como cineasta foi em A Vingança de Chico Mineiro, uma produção paulista. Depois deste, Acir passou a escrever seus próprios roteiros, aos 63 anos ele já produziu três filmes: Adeus Mariana, Chuva de Lingüiça e Que Mordomo é Esse? nas três produções ele dirigiu e atuou.

O gênero favorito de Acir é comedia. Mas ele também gosta de aventura. Não gosta muito de ação, e detesta filmes de terror. Sua preferência é por filmes clássicos antigos, porém, existem alguns novos que conseguiram encantar o seleto cinéfilo, Crônicas de Nárnia é um deles. O diretor favorito é Stanley Kubrick, em cinema nacional a preferência é Mazaropi. Além de aventura, fantasia e comédia, musicais também fazem os olhos de Seu Acir brilhar, A Rainha do Mar é o preferido.

Ao falar sobre a nova onda 3D Acir afirma “o cinema 3D já existe desde a década de 70, não é novidade, agora está na moda, mas como tudo no cinema, tem tempo para acabar”, apesar de altos e baixo, ele acredita no cinema. Mas admite “tem que estar sempre inovando para cativar o público”.

 

Após quatro filmes produzidos com pouco recurso, Acir aprendeu a lição: tem um roteiro inédito guardado há anos, só o colocará em prática quando tiver recursos o suficiente para rodá-lo. A Lei Rouanet é uma esperança, está tentando captar recursos para fazer o filme que ele julga “para orgulhar a família”.

O fascínio deste senhor de 63 anos pelas películas faz qualquer pessoa se apaixonar novamente pelas grandes telas. Ao conversar com ele, parece que toda a magia que se encontra no cinema quando criança volta à tona. A serenidade, compreensão e capacidade de nos deixar a vontade fazem com que a conversa com Seu Acir, dure por horas e horas. Fazer da vida um grande filme é a característica de quem sonha muito e acredita nestes sonhos, assim é Seu Acir Kochmanski. “Não adianta tentar outra profissão. Eu vou trabalhar com cinema até morrer”.  

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