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Colégios de Foz estão sem merenda e faltam professores, diz sindicato

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A primeira semana de aula em 2016 foi marcada por problemas nas escolas da rede estadual em Foz do Iguaçu. De acordo com relatos de educadores à  APP-Sindicato/Foz, a carência de professores, a falta de merenda e a descontinuidade dos trabalhos pedagógicos são algumas dificuldades enfrentadas pelas escolas. Nesta situação, encontram-se instituições como   o Três Fronteiras, Cataratas do Iguaçu, Gustavo Dobrandino, Dom Pedro II, Carmelita e Bartolomeu Mitre.

Neste início de ano, a falta de merenda é um dos principais problemas.  As escolas têm na despensa apenas os produtos básicos que restam do ano passado, como feijão, arroz, macarrão e outros itens. Estão faltando alimentos perecíveis, como carnes, leite, frutas, verduras e temperos, além de achocolatados e biscoitos.

A carência de professores, derivada principalmente da falta de concurso público e pela dispensa dos servidores temporários no final de 2015, tem levado muitos estabelecimentos a dispensarem parcialmente os alunos.

As condições são ainda mais agravadas nas escolas em que há afastamento de educadores por licença médica, pois não há disponibilidade de substituição dos servidores devido ao quadro de defasagem.

Além disso, com a distribuição de turmas, muitos educadores foram remanejados para outras escolas, implicando principalmente na descontinuidade das atividades pedagógica. Como o momento é de encerramento do ano letivo, muitos educadores e professores sentem-se perdidos diante de situações completamente novas, precisamente no momento decisivo de fechamento de notas, recuperação de conteúdos e de conselhos de classe.

“É um momento complicado para alunos e educadores. O governo estadual foi alertado sobre todas as dificuldades pelas quais as escolas estão passando”,  explica Fabiano Severino, presidente da APP-Sindicato/Foz. Para ele, há um abandono das instituições por parte do governo. “Há um descaso do Governo do Paraná com a escola pública, comprovada pela falta de investimentos e total ausência de gestão e de planejamento”, conclui.

Dispensa vazia – Na tentativa de evitar maiores prejuízos aos alunos, diretores e educadores de escolas com dificuldades buscam alternativas junto à comunidade e entre as demais instituições de ensino no município. Sem receber merenda do Governo do Estado desde o ano passado, o colégio Gustavo Dobrandino da Silva contou com a solidariedade dos colegas do colégio Agrícola, que repassaram parte do excedente de mantimentos.

“Esses alimentos garantem a merenda da escola por alguns dias. Usamos parte dos recursos da APMF arrecadados pela comunidade para comprar temperos e carnes. O leite foi cedido por uma beneficiária do programa de distribuição pública deste alimento”, revela Karin Schossler, diretora do Gustavo Dobrandino. Na dispensa da escola, que reúne 700 alunos em três períodos, há açúcar, óleo, feijão, arroz e sal.

De acordo Karin Schossler, o Núcleo Regional de Educação diz não ter previsão para a regularização do repasse da merenda pelo Governo do Estado. “A resposta é sempre a mesma, por isso buscamos uma solução temporária para não deixar de oferecer a merenda a nossos alunos”, conta a diretora, que recolheu com o seu próprio carro os alimentos repassados graças à solidariedade da equipe do colégio Agrícola.

Além da falta de merenda, há falta de professores de matemática e educação física no Gustavo Dobrandino da Silva, além da desativação da Sala de Apoio, que oferece reforço e complementação escolar, devido à dispensa dos servidores temporários e da distribuição de turmas.

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