O Teatro da Lupah é palco para mais uma produção local da Cia Experiencial Teatro do Excluído, a peça da vez é “Como se eu fosse o mundo” de Paulo Zwolinkski. Do mesmo diretor de Guizos, Luiz Henrique Dias, mais uma vez a obra não é para quem espera um grande cenário, com muita luz, muitos adereços, super produção. Nada disso, “Como se eu fosse o mundo” é minimalista, valoriza a palavra.
Foto: Renata Baralle |
"Como se eu fosse o mundo" fala de presença e ausência num ambiente de silêncio e penumbra |
A peça estreia sábado (3), às 21 horas no Teatro da Lupah, estará em cartaz todo sábado do mês de março, sempre no mesmo horário. Como suporta apenas 12 lugares, é necessário fazer reserva através do e-mail teatrodoexcluido@gmail.com. Os ingressos custam R$30, estudantes, artistas e doadores de sangue pagam meia.
A obra – “Como se eu fosse o mundo” fala de presença e de ausência num ambiente de silêncio e penumbra. Perpetua duas vozes unidas por uma criança e distantes por um abismo. “O espectador é convidado a observar o quanto a palavra – mais que o mundo – pode ocupar um lar destruído pela convivência, ou mesmo, pelo acaso”, afirma o diretor.
Segundo Zwolinski para a revista Bravo!, “a peça veio de uma notícia de jornal, relatando o caso de um pai que matou seu filho e suicidou-se logo após. Fiquei pensando no que se passou na cabeça desse pai e desejei entrar na cabeça dele”. Paulo Zwolinski foi aluno da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia do Sesi Paraná, atualmente vive em Dublin, Irlanda.
Roberto Alvim, diretor da Cia de Teatro Clube Noir, e professor do Núcleo de Dramaturgia do SESI Paraná, acompanhou a produção do texto “Como se eu fosse o mundo” e já montou a peça. Ele aposta alto nesta versão iguaçuense, “a continuidade do trabalho na sede deste precioso grupo [Cia Teatro do Excluído] configura uma epifania (…) confirma o compromisso quase suicida de artistas que criam obras de arte sem concessões, procurando (e conseguindo) ampliar o campo de trabalho do teatro em novas direções, expandindo a própria experiência humana de maneiras imprevisíveis neste início de século”.
Ficha técnica – Como se eu fosse o mundo, texto de Paulo Zwolinski; direção de Luiz Henrique Dias; elenco Gabriela Keller, Gabriel Pasini e Guilherme Cardim; técnica Yuri Amaral; fotografia Renata Baralle.
O teatro da Lupah fica na rua Rui Barbosa, 1172, sala 02.